DE BACH A BRANDÃO |
DIÁRIO DO NORDESTE
- Fortaleza - Ceará - 01/02/2007 - Caderno 3 Henrique Nunes Condensado por Aura Edições |
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Descontraído,
o cantor e compositor Ednardo mostrou seu rock-cordel Teatro
e auditórios lotados até a tampa, Ednardo mostrou disposição desde o
começo, entrando antes da apresentadora terminar. Depois de umas duas
horas e meia, os 450 espectadores sairiam convictos de que o fortalezense
continua muito ligado à cidade, conforme demonstrou ao comentar o abandono
por que passa o Passeio Público, tema de uma reportagem do Diário naquele
mesmo dia. Tema também de uma canção sua, do álbum “Berro”, de 1976, em
que comenta os martírios de Bárbara de Alencar. Por sinal, ela e outros
heróis da Confederação do Equador foram lembrados pelo cantor e compositor
alencarino, ao longo da conversa com o jornalista Nelson Augusto e
entrecortada por algumas canções, é claro. Henrique Nunes - DN Caderno 3 |
SOU AMIGO DO PESSOAL |
DIÁRIO DO NORDESTE -
Fortaleza - Ceará - -30/01/2007 - Caderno 3 Délio Rocha |
O cantor e compositor cearense Ednardo é o convidado da nova edição de “Nomes do Nordeste”, programa do Banco do Nordeste, que acontece hoje, às 19h, no Centro Cultural do BNB-Fortaleza. Uma entrevista pública onde ele discorre sobre sua história de vida e sua trajetória artística. Abaixo, leia uma entrevista, feita por e-mail, com o ilustre cearense. DN - Lá se vão mais de 35
anos, desde que você venceu o Festival Nordestino da Música Brasileira.
Depois vieram mais de 300 músicas e letras, dezenas de discos, quatro
trilhas musicais de cinema e duas de teatro. Ao olhar para trás, como você
avalia sua carreira? |
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DN - Sua visibilidade nacional veio junto com um grupo que ficou conhecido como Pessoal do Ceará - constituído por Belchior, Fagner, Rodger Rogério e Téti, entre outros. Hoje, fala-se em desentendimentos. Qual é, efetivamente, a sua relação com eles, atualmente? Sou amigo de todos, desta geração e também de outras posteriores e a presença de todas estas pessoas, destes grupos, sem dúvida marcam com bastante clareza e criatividade as páginas de nosso cancioneiro popular numa espécie de parceria imensa, que alcança significativa importância a nível nacional, internacional e regional. Sinto-me honrado de pertencer a este tempo e espaço, de ter tantos amigos e amigas, que me acolhem com a mesma energia fraterna desde o início aos dias atuais. DN - Você está sempre com a mão na massa, seja produzindo um disco ou uma trilha sonora especial para a tevê, o teatro, o cinema. E o que tem de novidade pela frente? Ops!, com a mão na massa ... (risos)? A gente fez coletivamente a Massafeira e o Balanço da Massa, onde com grande prazer e trabalhos titânicos junto com muitos outros artistas cearenses e brasileiros, colocamos nossa forma de ver e cantar o mundo. Não me considero exatamente um padeiro, apenas aqui e acolá, junto com alegria, perseverança, amizade e companheirismo e uma boa dose de sonhos que não pertencem somente a mim, mas a toda uma turma boa. Melhor dizer que eu busco juntar ao que gosto de ver nos meus pares, minha contribuição, do que sou, talvez um dos ingredientes para a gamela de nossas misturas. Tenho feito muitas músicas e letras novas e recentes, existem outras também inéditas que não pretendo guardar num baú. Existem discos prontos e pós-produzidos, entre os quais dois de gravações ao vivo em shows, outro de trilhas de cinema, estou pensando também em produzir outro somente com músicas instrumentais de minha autoria quando vi que tinha quantidade razoável de músicas as quais não me deu vontade de colocar letras ou solicitar a parceiros para colocar poesias, foi quando entendi que estas músicas existem por si próprias e sequer necessitam das palavras escritas. Quanto aos dvd’s, minha produção está juntando material entre o cinema e especiais musicais, e eles dizem que têm uma quantidade bastante interessante que pode gerar algumas mídias nesta formatação. DN - Como você recebeu o convite para conceder uma entrevista para o programa “Nomes do Nordeste”? Com muita alegria e consciência da responsabilidade de representação. É um programa muito interessante e especificamente nesta edição que está aliada ao 1° Festival do Rock-Cordel produzido pelo CCBNB, onde grande quantidade de bandas, intérpretes e artistas de várias tendências neste universo, juntam-se durante um mês em Fortaleza e Cariri, numa pluralidade salutar e enriquecedora para todos. Com boa surpresa vi uma de minhas músicas servir de mote significativo para denominar esta fusão que sempre existiu no Ceará e Nordeste. Faço votos que este excelente empreendimento cultural do CCBNB, tenha vida longa e revele cada vez mais a inventividade e sabedoria tão própria dos artistas brasileiros em todas as áreas e especificamente abra espaços para as expressões artísticas de nossa terra, de nosso país e região. DÉLIO ROCHA Repórter | |
Rock, Maracatu, Conversa e Cordel
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Diário
do Nordeste - Caderno 3 Fortaleza, 26/01/2007 |
Ednardo:
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