CAUIM
- FICHA TÉCNICA
-
WEA / Warner - 1978 - LP - BR 36.074
Lançado em CD Warner Music - 082 741418-2
FICHA TÉCNICA
Direção Artística - Marcos Mazola
Produzido por Guti Carvalho
Técnicos de Gravação - Carlos Duttweller / Vitor
Estúdio de Gravação - Transamérica - Rio de Janeiro
Mixagem - Guti Carvalho / Carlos Duttweller / Ednardo
Assistente de Produção - Gastão
Auxiliares de Estúdio - Franco / Cláudio
Capa e Desenhos - Brandão
Foto da Capa - Mario Luiz Thompson
Foto da Contra Capa - Francisco Régis
Arte Final - Ruth Freihof
MÚSICOS
Arranjos - Ednardo / Pepeu Gomes / Wilson Cirino
Violões - Ednardo / Pepeu Gomes / Wilson Cirino
Violão Sétimo - Waldir (Novos Baianos)
Guitarra Acústica - Pepeu Gomes (Novos Baianos)
Bateria - Jorginho (Novos Baianos)
Contra Baixo - Luiz Carlos Tolentino - Ife
Baixo Tuba - Teles
Percussões - Sérgio Boré / Jorge José
Todas Músicas Editadas por - Aura Edições Musicais Ltda.
Exceto: Rasguei o teu retrato
Nota - Aura Edições Musicais - Acima o detalhe gráfico da capa dupla interna do LP, desenho do parceiro Brandão. Este disco gravado em 1978, no auge das discotecas, música eletrônica e eletrificadas, foi um dos primeiros discos desta geração artística brasileira, utilizando somente instrumentos acústicos.
- CLAREOU
-
Ednardo
Clareou, clareou, clarear
Zarpou a barca menina
Todos querem navegar
O horizonte segreda
Querendo a barca do dia
E eu que me quero vento
Canto canções maresia
Roendo a cruel cadena
Que ancora a nau da alegria
Enquanto brinco de brisa
Nos cachos de minha pequena
Clareou, clareou, clarear
Zarpou a barca menina
Todos querem navegar
As canções estão soltas no ar
E sendo vento eu quero cantar
Por destino, ofício, ou paixão
Assobio entre as pedras que guardam
Ouvidos atentos
E choro de tão contente
Se o fogo vejo espalhado
Clareando o infinito espaço
Do pensamento
- MEU VIOLÃO É UM CAVALO
-
Ednardo
Meu violão é um cavalo
Bicho afoito, livre e ligeiro
Meu violão é um cavalo
Bicho afoito, livre e ligeiro
Sem rédea, sem eira, nem beira, nem cela
Meu companheiro, só te conquiste aquele
Que no galope das cantigas
Usa o chicote dos versos
Abrindo claro caminho
Pro homem, seu passageiro
Quando monto teu pelo nu
E me agarro em tuas crinas
Quando monto teu pelo nu
E me agarro em tuas crinas
Sou ponta furando a vida
E por ser a que vai na frente
É a primeira a se gastar
Mas todo entrave é o atrito
Onde novamente a ponta da faca vai se afiar
Sou cantador de um incêndio maior que o fogo do sol
Sou cantador desse incêndio maior que o fogo do sol
Porque transformo e transmito
Qualquer dor que me deixa
Um travo amargo, a voz rouca
Toda a paixão que devora
Minha emoção como louca
Toda alegria que abre um largo riso em minha boca
Num instante uma cantiga
Sou cantador dos açudes, dos rios e oceanos
Percorro a terra e os ares
Sem ter o rumo traçado
Qual feito nuvem cigana
Ferro com minha palavra violão e cantoria
A vida e seus desenganos
Ferro com minha palavra violão e cantoria
A vida e seus desenganos
- AMOR DE ESTALO
-
Ednardo / Brandão
Amor de estalo eu para e falo claro
Entre nós dois existe a coisa rara
Aquilo raro e preso ao meu sentido
Como o vento que vem sem se deter
Nada parado, nada seguro, nada infinito ou puro
Nada parado, nada seguro, nada infinito ou puro
Nada parado, nada seguro, nada infinito ou puro
Nada é parado, nada é seguro, nada é infinito ou puro
Nada é parado, nada é seguro, nada é infinito ou puro
- DUAS VELAS
-
Ednardo / Brandão
Foi uma noite um mar, um musical noturno
O sopro de um vento incontrolado
Teu corpo desmanchado pelo frio
Recebeu o meu
Espinhos de um silêncio que resiste
Morrendo de queimar e não ser triste
Duas velas se tocaram
Devorando a escuridão
E a vida inteira com um só clarão
Não quero a ambição de retomar a estrada
Que estragou esse teu espanto
Espero nunca ter que te lembrar
Que ainda sinto o fogo na garganta
E ainda estou vagando como um raio
Que trêmulo pelo céu ficou parado
Desprezo o meu passado e nunca saio
Pensando em te encontrar e reviver
- RENDADOS
-
Ednardo / Tânia Araujo
A tarde quente, a varanda
Cadeira de balançar
No rosário u'a outra reza
Pra fazer o tempo passar
Toda gente tem seu dia
Rede, rumo, romaria
Pelas terras de sonhar
A manhã finda e na tarde
Nos olhos de tanta estrada
O pó de arroz, a poeira
Ensaiando escuridão
Pelo rosto de Luzia,
Rendados, sombras vazias
Carinho, canto e clarão
É fogo ou vereda escura
É sede e tanta água pura
Pelas terras de sonhar
Rios de tanta secura
Sons apagados no peito
Tange em mares o verdume
Sonho, luz, ladeira e lume
Brilhava nos olhos dela
Aquela luz que fugia
Labareda, luto ou luta
Que de repente sumia
Mas antes de ser escuro
Mil coisas de amor dizia
Mas, veio o verão, sol novo
Nas sombras da garrancheira
Renda estendida no chão
E junto a flor que outrora havia
Luzia é luz ou clarão?
Meu braço vestiu seu corpo
Seu amor despiu meu medo
Mas inda nos olhos dela
Aquela luz que fugia
A tarde quente, a varanda
Cadeira de balançar
No rosário uma outra reza
Pra fazer o tempo passar
Toda gente tem seu dia
Rede, rumo, romaria
Pelas terras de sonhar
Rosário e nas rezas fica
Zeca, tu lembra a Luzia?
Qual? Aquela que pegou um filho
De não sei quem, de não sei quem
Rede, rumo, romaria
Pelas terras de acordar
- CAUIM
-
Ednardo
Rainha preta do maracatu
Nesse teu rosto de falso negrume
Morre de gozo na renda do sol
No pano feito pelos fios d'água
Desse véu de noiva: bica do Ipú
Como uma princesa sertaneja e aflita
Num gosto vivo de suor e sal
Te entregarás em meus braços rijos
De sangue luz e de sabor letal
E eu um índio pronto para as flexas
Dos arcos tesos de uma caçada incerta
Monto no sopro do aracati
Tonto de espanto, de amor e cauim
Sou nau sem rumo
Em teu ardor imerso
E eu serei cego, como um violeiro cego
Que enxerga a vida sensitivamente
E tem na pele um olho mais agudo
Que o meu punhal de ponta
Em teu corpo quente
- BLOCO DO SUSTO
-
Ednardo
Menina, eu acordei com uma saudade
Não sei de que no meio do carnaval
Nem é quarta-feira de cinza, ainda
Mas meu corpo não dança
E aquilo que eu canto
Não me invade natural
Assim, não há carnaval que aguente
Com tanta tristeza presente
E eu quero é despencar
Despencar, despencar
Chove chuva alegria do céu
Lava o bloco do susto
Que a boca do povo
Cantará de novo
Um frevo bem legal
Canta, canta, faz um escarcéu
Mata a tristeza de susto
Te saca da Silva
Inventa a saída
Inventa, inventa Juvenal
- É CARA DE PAU
-
Ednardo / Brandão
É cara de pau
E você acha que eu posso fazer
Muito mais do que eu fiz
Ajudei essa louca a viver
E ela mesma é quem diz
Que quer me ver frito
Que quer me ver morto
Estendido no chão
Pus o bagulho de lado quebrei o estrado
E toquei fogo no colchão
A gente se amarra, aconselha os pivetes, faz até oração
Porém chega um dia que se toma uma beer
E que também se faz, a nossa confusão
Ora tenha paciência, quer me ver andar duro
E com toda a decência
Mas em sã consciência
Qualquer malandro manja
Essa falsa inocência
- TEREZINA 40 GRAUS
-
Ednardo
Troca que troca que troca
Lembranças
Contra corrente do rio,
Vai vapor
Que também sem ti
Posso navegar
E cada instante de rio
Me afasta
De cada saudade do mar
De cá, dá saudade do mar
- CANÇÃO DOS VAGALUMES
-
Ednardo
Cada um carrega sua esperteza
Cada um carrega sua certeza
Ái como é duro o fardo da tristeza
Que cada um carrega
Cada qual mostra a sua fortaleza
Cada qual mostra a sua beleza
Ái como é duro o fardo da tristeza
Que cada um carrega
Iguais estamos nessa natureza
Iguais mantemos nossa chama acesa
Mas cada qual fala com clareza
Da luz que cada um encerra
TIGIPIÓ Diretor: Pedro Jorge de Castro
- TIGIPIÓ ( Tema Principal )
- TIGIPIÓ (Tema II- Instrumental & Vocal)
- TIGIPIÓ (Tema III- Instrumental & Canto)
- TIGIPIÓ (Tema IV- Solo de Viola )
- TIGIPIÓ (Tema V- Instrumental )
LUZIA HOMEM
- FICHA TÉCNICA
-
Produtor Cinematográfico
Produções Cinematográficas LC BARRETO
Ano de lançamento - 1987
Produtor Fonográfico da Trilha Musical Original
AURA EDIÇÕES MUSICAIS
FICHA TÉCNICA DO FILME
Diretor - Fábio Barreto
Argumento - Cacá Diegues / Bruno Barreto / Agnaldo Silva
Roteiro - Tairone Feitosa
Sobre Obra "Luzia Homem" de Domingos Olímpio
Fotografia - José Tadeu Ribeiro
Edição - Raimundo Higino
Trilha Musical Original - Ednardo
ELENCO
Cláudia Ohana / José de Abreu / Thales Pan Chacon / Ednardo
Chico Diaz / Luiza Falcão / Ruy Polanah / Gilson Moura
e grande elenco
FICHA TÉCNICA DA TRILHA MUSICAL
Direção e Produção - Ednardo
Arranjos e Regência - Ednardo / José Américo Bastos
Direção de Estúdio - José Américo
Coordenação Artística - Rogério Soares
Arregimentação - Régis Soares
Técnico de Gravação - Armando Telles Ribeiro
Assistente de Estúdio - Alcides Rodrigues
Gravado e Mixado no Estúdio Transamérica - Rio de Janeiro
Agosto 1987 - Em Dolby Stereo Surround
MÚSICOS
Voz, Teclados, Violão - Ednardo
Programação Eletrônica de Teclados - Ednardo / José Américo
DX-7 / Mirrage / CP-80
Piano e Teclados - José Américo
Viola 12 cordas - Manassés
Guitarra - Carlos Patriolino
Contra Baixo - Jorge Helder / Jorge Luiz Carvalho
Sanfona - João Severo
Bateria - Camilo Mariano
Percussões - João Firmino / Givaldo José (Repolho)
Flautas / Sax Tenor - Marcelo Neves
Trompetes / Flugel Horn - Nilton Rodrigues / Paulo Roberto Martins
Saxofone / Clarinete - Carlos Ferreira Lima
Trombone - Vitor Santos
Copista de Arranjos - Carlos Ferreira Lima
Participação Especial de Voz - Cláudia Ohana - em "Arraial"
- ARRAIAL
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EdnardoEDNARDO / CLÁUDIA OHANA
EXTRAS & VINHETAS
DVD - Lançamento 01/Março/2005 Distribuição - Paramount Pictures
Vídeo - VHS - Lançamento 25/Abril/1995 Distribuição - Fox - Lorber
Vídeo - VHS Lançamento 1988 Distribuição - Sagres
O CALOR DA PELE
- FICHA TÉCNICA
-
Produtor Cinematográfico
ANIMATOGRAPHO CINEMA E VÍDEO - 1994
Produtor Fonográfico da Trilha Musical Original
AURA EDIÇÕES MUSICAIS
FICHA TÉCNICA DO FILME
Diretor - Pedro Jorge de Castro
Fotografia - Miguel Freire
Trilha Musical Original - Ednardo
ELENCO
Patrícia França / B. de Paiva
Esther Góis / Denise Dumont
e grande elenco
FICHA TÉCNICA DA TRILHA MUSICAL
Direção / Produção / Coordenação Artística - Ednardo
Produção Executiva - Rosane Limaverde
Arranjos e Regência - Ednardo / José Américo Bastos
Direção de Estúdio - Ednardo / José Américo
Técnico de Gravação - Garrafa
Gravado e Mixado no Géo & Cia. Studio e Produções - Rio de Janeiro - 1994
MÚSICOS
Arranjos - Ednardo / José Américo Bastos
Teclados - Ednardo
Teclados / Acordeon - José Américo
Guitarra / Violão -José Paulo de Souza "Zepa"
Contra Baixo - Guilherme Maia de Jesus
Bateria - Camilo Mariano
Percussões - Alex Holanda
CEARÁ QUATRO ESTAÇÕES
- FICHA TÉCNICA
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Produtor Vídeo-Fonográfico Aura Edições Musicais
Lançado em VHS (NTSC) - AURA - 2001
120091
FICHA TÉCNICA
Direção Geral - Jorge Queiroz
Direção de Produção - Ney Padilha
Direção Musical - Ednardo
Coordenação de Produção- Odar Viana
Produção Artística - Rosane Limaverde
Fotografia e Imagens - Orlando Carvalho
Áudio - Orlando Carvalho Filho / Altamir Mendes
Assistentes de Produção - Rogério Soares / Régis Soares
Edição - Interface Centro de Pós Produção - Rio de Janeiro
Edição de BVE - Rogério Legey
Assistentes Técnicos - Flávio Ferreira / Cláudio dos Santos
Iluminação - Fernando Piancó / Artur César / Antonio Adahil
Fotos da Capa - Extraídas do Vídeo
Still de Fotos (contra capa) - Régis Soares
Arte Gráfica - Aura
MÚSICOS DAS TRILHAS DE CLIPS
Arranjos e Orquestrações - Ednardo / José Américo
Violão - Ednardo
Piano e Teclados - José Américo
Viola de 12 e Cavaquinho - Manassés
Guitarras - Marcos Nabuco / Mônico Aguillera
Contra Baixo - Jorge Helder / Adriano Giffoni
Bateria - Camilo Mariano / Luiz Duarte
Percussões - Alex Holanda
BAILARINOS
Anima Companhia de Danças
Coreógrafa - Denise Galvão
Produção de Coreografia - Rosane Nóbrega / Lúcia Viana
Dançarinos: Bira Fernandes - Karine Cid - Samantha Nóbrega
Candice Nóbrega - Márcio Carvalho - Beto Ferreira - Carla Cristina
LOCAÇÕES
Litorais e Cidade: Fortaleza - Teatro José de Alencar - Praia de Iracema - Ponte Velha
Varanda Getty's Beira Mar (Jardins Esplanada Praia) - Mucuripe
Sabiaguaba - Jericoacara - Cumbuco
Sertões: Canindé - Juazeiro do Norte - Crato - Sobral
Serras: Ibiapaba - Ubajara - Ipú - Carirí
AGRADECIMENTOS
Vasp S. A - Expresso de Luxo Turismo - Esplanada Praia Hotel - Serra Grande Hotel
Anima Companhia de Danças - Rádio Pageú FM - Rádio Calypso FM
Restaurante Getty's - Ibama - Serra de Ibiapaba
Secretaria de Cultura e Desporto do Governo do Estado do Ceará
Textos da contra-capa:
Ednardo é o mais forte representante dessa geração de compositores e criadores do Ceará, que foi em busca de nossos sonhos. (Augusto Pontes)
O Ceará que Ednardo canta, e se vê nesta fita, é um Ceará muito diferente do preconceito do passado. É um Ceará forte, de gente cada vez mais capaz de enfrentar condição hostil, que aqui ali, não sempre, a natureza oferece. (Ciro Gomes)
Este musical gravado em Fortaleza e no Estado do Ceará, em mais de três mil km percorridos entre praias paradisíacas, sertões e serras de pródigas naturezas, é uma panorâmica da artes de Ednardo em momento que explicitam em belas imagens referências de sua terra, iluminando suas criações, energia e talento. (Aura Edições Musicais)
- FLORA
-
Ednardo / Dominguinhos / Climério
ACERVO ESPECIAL
- FICHA TÉCNICA
-
COMPILAÇÃO RCA / BMG - CD e LP - 1993
M 60038
74321-17220-2
De músicas dos discos originais
O Romance do Pavão Mysteriozo - 1974
Berro - 1976
O Azul e o Encarnado - 1977
FICHA TÉCNICA DA COMPILAÇÃO
Direção Artística - Miguel Plopschi
Pesquisa e Seleção de Repertório - José Milton
Coordenação de Catálogo - Genilson Barbosa
Supervisão Técnica - José Roberto Cruz
Montagem - Danilo Nevis
Remasterização em Digital - Luiz Carlos Hoffer e Marcelo Hoffer
Microservice
Edição - Américo Marques
Projeto Gráfico - Caio Domingues & Associados Publicidade Ltda.
Supervisão Gráfica - Stela Nascimento
Ilustração - Mello Menezes
Para saber a Ficha Técnica Original
Acesse a página de cada Disco Original
- PAVÃO MYSTERIOZO
-
Ednardo
A
A G D A E
Pavão mysteriozo, pássaro formoso, tudo é mistério nesse teu voar
A G D
Ah, se eu corresse assim, tantos céus assim
A E A
Muita história eu tinha prá contar
F#m B F#m
Pavão mysteriozo nessa cauda aberta em leque
Dm Am E7
Me guarda moleque de eterno brincar
Am Dm
Me poupa do vexame de morrer tão moço
Am E A A4 A5- A4
Muita coisa ainda quero olhar
REFRÃO
F#m Am Am/G
Pavão mysteriozo, meu pássaro formoso
G C
No escuro desta noite me ajuda a cantar
Am Dm
Derrama essas faíscas, despeja esse trovão
Am E A A4 A5- A4
Desmancha isso tudo que não é certo não
A G D
Pavão mysteriozo, pássaro formoso
A E
Um conde raivoso não tarda a chegar
A A7 D Dm
Não temas minha donzela, nossa sorte nessa guerra
A E A
Eles são muitos mas não podem voar
- ESTÁ ESCRITO
-
Ednardo
Está escrito
No grande livro da sabedoria popular
Que primeiro se deve viver
Que é pra depois poetar
Que primeiro se deve viver
Que é pra depois poetar
Se arme de amor e coragem
Que a minh'arma eu nunca embainho
Se arme de amor e coragem
Como a rosa se arma no espinho
Na tragédia, poesia, na prosa
Tem picada feroz e carinho
Se arme de amor e coragem
Que a minh'arma eu nunca embainho
Que a minh'arma eu nunca embainho
- PASTORA DO TEMPO
-
Ednardo
EDNARDO - (particip. especial vocal - Fagner)
O cavaleiro do medo
Usa do ouro a razão
Pra ofuscar os meus olhos
E confundir minha emoção
Não sabe que a luz que me guia
É da estrela que irradia
A linda pastora do tempo
Que guarda o meu povo eterno
E livre o meu pensamento
Quem faz a história da vida
Com ela rompeu as entranhas do chão
Quem quer saber do que está escondido
Procura no fundo dos olhos do povo
E dentro do seu coração
Vão com o vento as palavras
São como pombos-correio
Mas estão sempre atrasadas
Pois o seu vôo é lento
E o meu pensamento é ligeiro
- CARNEIRO
-
Ednardo / Augusto Pontes
Amanhã se der o carneiro
O carneiro
Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
Amanhã se der o carneiro
O carneiro
Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
As coisas vem de lá
Eu mesmo vou buscar
E vou voltar em vídeo tapes
E revistas supercoloridas
Pra menina meio distraída
Repetir a minha voz
Que Deus salve todos nós
E Deus guarde todos vós
- ESTACA ZERO
-
Ednardo / Climério
Cada braça de caminho
Um soluço de saudade
Toda vereda de roça
Vai descambar na cidade
E a gente fica sereno
Desconhecendo o destino
E com um sorriso besta
De quem sabe onde chegar
Em cada prédio ou palmeira
Luz de neon ou luar
Elevador, capoeira
A gente vai se assustar
Mas faz de conta que sabe
Que tem um canto da estrada
Chamado estaca zero
Onde a gente pode dizer
O rumo que quer tomar
Cada braça de caminho
Um soluço de saudade
Toda vereda de roça
Vai descambar na cidade
- LONGARINAS
-
Ednardo
Faz muito tempo que eu não vejo o verde
Daquele mar quebrar
Nas longarinas da ponte velha que ainda não caiu
Faz muito tempo que eu não vejo o branco
Da espuma espirrar
Naquelas pedras com sua eterna briga com o mar
Uma a uma as coisas vão sumindo
Uma a uma se desmelinguindo
Só eu e a ponte velha teimam resistindo
A nova jangada de vela
Pintada de verde e encarnado
Só meu mote não muda
A moda não muda nada
O mar engolindo lindo
A antiga praia de Iracema
Os olhos grandes da menina lendo os meus
O meu mais novo poema
E a lua viu desconfiada
A noiva do sol com mais um supermercado
Era uma vez meu castelo entre mangueiras
E jasmins florados
E o mar engolindo lindo
E o mal engolindo rindo
Beira mar ê , ê Beira mar
Ê maninha, ê maninha
Arma aquela rede branca
Arma aquela rede branca
Arma aquela rede branca
Que eu vou chegando agora
- CHEROS E CHOROS
-
Ednardo
Quando você pisca seus olhos
E tenta me envolver em sua teia
Quando você me mostra seus fatos
E faz de minha vontade o papel
Onde escreve seus recados
Quando você me faz escutar
Sua voz acima do meu próprio medo
É que percebo como é perto
Do ódio, o amor que lhe tenho
Eterno drama desse segredo
Mas meu coração não se aflinge
Com essa louca incoerência
Que existe dentro dele
Pois por muito ter vivido de paixões
Quase nada sabe delas
- ARTIGO 26
-
Ednardo
Intr : (G,F)
(G,F)
Olha o padeiro entregando o pão, de casa em casa, entregando o pão
F
menos naquela, aquela não
G C D G
pois quem se arrisca a cair no alçapão
G D
Anavantú, anavantú, anarriê
C D G
nêpadêqua, nêpadêqua, padê burrê
G7 C
iguali tê, fraterni tê e liber tê
D G
merci bocu, merci bocu não ha de que
(G,F)
Rua Formosa, moça bela a passear palmeira verde e uma lua a pratear
F G
e um olho vivo, vivo, vivo a procurar
C D G
mais uma idéia pro padeiro amassar
(G,F)
Você já leu o artigo 26 ou sabe a história da galinha pedrês
F G
e me traduza aquele roque para o portugûes
C D G
a ignorância é indigesta pro freguês
(G,F)
Você queria mesmo, ser um sanhaçú fazendo fiu e voando pelo azul
F G
mas neste jogo lhe encaixaram, e é uma loucura
C D G
lá vem o padeiro pão na boca é o que ti cura
- BOI MANDINGUEIRO
-
Ednardo / Brandão
Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
Viajando de terceira
Nos ombros do caminhão
Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
Viajando na canseira
Nos braços do caminhão
Chegando de madrugada
Na chapada de cimento
Procurando com os olhos
O que não é fingimento
Assustado de ver o medo
No olhar do companheiro
Procurando saber do segredo
Desse curral grande de gado sem boiadeiro
Dorme no chão
O silêncio do boi mandingueiro
Dorme no altar
A dança desse boi mandingueiro
Dorme na praça
A saudade do boi mandingueiro
Na biblioteca
Olha o chifre do boi mandingueiro
E na escola
Dorme a pinta do boi mandingueiro
E lá no alto
Tá tudo que é do mandingueiro
Tudo que quer ser mandingueiro
E não vê o mandingueiro chegar
Tudo que quer ser mandingueiro
E não vê o mandingueiro passar
Com seu colar de prata
Com sua pinta preta
Com seu requebrado
Fazendo uma careta
- ARMADURA
-
Ednardo
Mistura os frutinhos da mata
Com o canto da juriti
E me dá um abraço acochado, morena
Que fale o teu amor por mim
E deixa o dia amanhecer
E deixa a barra clarear
Que o nosso suor com o sol do segredo
Nos deram armadura contra o mal e o medo
Herdamos um chão
Mas no entanto pra o caminho ser nosso
Temos que pisar
E o que faz o meu passo ligeiro
É o fruto da espera
Que brilha em nosso olhar
- MAIS UM FREVINHO DANADO
-
Ednardo
No espaço curto
Desse passo louco
Vou sair um pouco
Pra esquecer o triste
Se eu te encontrar pelo meio desse povo
Vou pensar de novo que a alegria existe
Se eu te encontrar pelo meio desse fogo
Vou pensar de novo que a alegria existe
Sim eu vou sair fantasiado de alegria por aí
Mas na quarta feira a gente vê
Que é mentira meu sorriso sem você
Sim eu vou sair fantasiado de alegria por aí
Mas na quarta feira a gente vê
Que é mentira meu sorriso sem você
- FÊNIX
-
Ednardo
Fluindo, o sonho, a sina e o som
brotando da minha boca
Esculpindo no barro moreno do corpo
o ferro brutal da vida
Negando o frágil sopro do corpo
com o duro cinzel do espírito
Inventando o necessário movimento
movimento necessário invertendo
pra não estar morto
Xaxando, sambando, frevando
ou sem saber dançar direito
renascer das cinzas
- AUSÊNCIA
-
Ednardo
No meio do dia não venha tentar quebrar meu encanto
Não venha chorar, por enquanto
Meus olhos de olhar, de olhar querem ver o que há
Não venha me encher de mistérios
Não vou prometer ficar sério
Não venha, não venha tentar quebrar meu encanto
Não venha chorar, por enquanto
Não venha me encher de mistérios
Não, não vou prometer ficar sério
Não venha estragar meu prazer
Não, não vou prometer
Não venha estragar
Enquanto durar
No meio da noite não posso deixar
Não posso deixar de sair
Se você quiser pode vir
Não quero mudar minha sorte
No meio da noite não posso deixar
Não posso deixar de sair
Se você quiser pode vir
Não quero mudar minha sorte
Se a morte, se a morte vier me encontrar
Ela sabe que estou entre amigos
Se a morte, se a morte vier me encontrar
Ela sabe que estou entre amigos
Falando da vida, falando da vida
Falando da vida, e bebendo num bar
Falando da vida, falando da vida
Falando da vida, e bebendo num bar
- A PALO SECO
-
Belchior
E G#m
Se você vier me perguntar por onde andei
A B7
No tempo em que você sonhava
E G#m
De olhos abertos lhe direi
A B7
Amigo eu me desesperava
C#m F#m B7 E
Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
C#m F#m B7 E
E eu ando um pouco descontente desesperadamente eu falo em português
E G#m A B7
Tenho vinte e cinco anos de sonho e de sangue e de América do Sul
E G#m A
Mas por força do meu destino um tango Argentino
B7
Me pega bem melhor que um blues
C#m F#m B7 E
Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
C#m F#m B7 E
Eu quero é que esse canto torto feito faca, corte a carne de vocês
BRILHANTES
- FICHA TÉCNICA
-
COMPILAÇÃO - CBS / COLUMBIA / SONY - CD - 1998
866175-2 479334
De músicas dos discos originais
Ednardo - 1979
Imã - 1980
Massafeira - 1980
FICHA TÉCNICA DA COMPILAÇÃO
A Série Brilhantes resgata os grandes valores da música
nacional com um lançamento inicial de 44 títulos produzidos
dentro do mais alto padrão de qualidade Sony Music.
Após uma pesquisa profunda nos arquivos da CBS, os tapes
originais foram localizados e submetidos ao mais rigoroso
processo de restauração e masterização digital.
A Série Brilhantes criou produtos inéditos por trazer
pela 1ª vez reunidos em um só produto os grandes sucessos
de nossos artistas em gravações originais
Sony Music
Marketing Especial
Foto - Wilton Montenegro
Para saber a Ficha Técnica Original
Acesse a página de cada Disco Original
- A MANGA ROSA
-
Ednardo
Am
A manga rosa, Maria Rosa Rosa Maria Joana
Dm
Peitos gostosos rosados, doces
F
Rosados, doces mama, mama, mamãe
C
Teu sumo escorre da minha boca
D7
Entreaberta a porta
Por onde entra e por onde sai
G F E
Por onde entra e sai o mundo, mundo
Am
Balança a fronde farta mangueira
C
E mata a fome morto a fome ou mata, imensa mata
F
Imensa massa florados caixos de verde amarelou
Bb E Am
Maduro fruto que pro nosso gozo vem
Am/G F E Am
Amem, amem, amem, amem
Am/G F E Am
Mamem, mamem, mamem, mamem
Am/G F E Am
Amém, amém, amém, amém
- ENQUANTO ENGOMA A CALÇA
-
Ednardo / Climério
Em Am Em
Arrepare não, mas esquanto engoma a calça eu vou lhe contar (cantar)
Am Em
Uma estória bem curtinha fácil de cantar (contar)
| Dm Am
| Porque cantar parece com não morrer
|
| B7
REFRÃO | É igual a não se esquecer
|
| E7 A7
| Que a vida é que tem razão
G
Esse voar maneiro foi ninguém que me ensinou
C
Não foi passarinho
B7
Foi o olhar do meu amor me arrepiou todinho
E7
Me eletrizou assim quando olhou meu coração
REFRÃO
Dm Am B7 E7 A7
Ai, mas como é triste essa nossa vida de artista
Dm Am
Depois de perder Vilma pra São Paulo
B7 E7 A7
Perder Maria Helena pro dentista
(Cifrada por Kaica, músico paraense)
- FLORA
-
Ednardo
Se eu pudesse pensar em ti
Sem vontade de querer chorar
Sem pensar em querer morrer
Nem pensar em querer voltar
Essa dor que eu sinto agora
É uma dor que não tem nome
Que o meu peito devora e come
E fere e maltrata, sem matar
No roçado do meu coração
Há um tempo de plantar saudade
Há um tempo de colher lembrança
Pra depois com o tempo chorar
Ô Flora, meu sertão florindo
Aflora o meu peito só
Teu amor é um fogo, é um fogo
É um fogo, é um fogo
Dos teus olhos tição
- LAGOA DE ALUÁ
-
Vicente / Ednardo / Climério
(C C7 F G C)
C F G7 C
Uma lagoa nasceu dentro do meu peito
G7 C
Pra de noitinha vir a lua espiar
Bb F
E o meu amor mergulhando dentro dela
G7 C
Nadando nela seus cabelos se molhar
E7 Am Bb F
Como é bonito ver o meu amor nadar
G F G7 C
Nessa lagoa que nasceu dento de mim
G7 C
Depois notar que de tanto se banhar
G7 C
Meu amor virou saudade e saiu no meu chorar
G7 C
Se essa lagoa fosse um copo de aluá
C7 F G7 C
Eu vivia dentro dela até me maravilhar
Am Bb F
E hoje em dia se me "alembro" da lagoa
G7 C
Sinto que a lua tá morando no meu peito
G7 C
E o seu clarão é a luz do seu amor
G7 C
E depois que me encandeia faz a luz do meu olhar
G7 C C7
E vejo claro que a lagoa que não vejo
F G7 C
É o gosto desse beijo que não posso mais beijar
(Cifrada por Kaica, músico paraense)
- REISADO
-
(Graco / Stelio Valle / Augusto Pontes)EDNARDO
- IMÃ
-
Ednardo
A A/E
Rasgando um buraco no azul
B/A
Tu afloras feito o arco-íris
D A
Com um pé pisando no tempo e o outro no espaço
A/G
E molha a sequidão do meu rosto de pedra
B/A
Na água cristalina
D
Em nosso rastro ferido arde
A
O Brasil e a nossa sina
A/G
Nada te dou como herança
B/A
Nada quero
D A
A vida é uma pessoa sem medo no caminho
(E E7)
(Ah, ah, ah ...)
E E7
Estrela de cinco pontas - Luminando noites
E E7
Do universo do chão ardendo - Luminando noites
E A D
Habitamos o verbo chamado homem - Luminando noites
Cumprindo o destino do ser
A
A raiz afunda na terra
E bebe os segredos da areia
A
Espalhando em cada folha
E D A
Uma canção ao vento leve
E D A
(Uma canção ao vento leve)
A A/G
Leve é aquilo que brota
B/A
Muito além do medo
D A
Serena é a coragem de tudo aquilo que é
A/G
Que é quem sempre caminha
B/A
E nunca pensa que tarda
E
Sua flexa certeira
D
Sempre crava na luz
A
E sempre amanhece
(Cifrada por Kaica, músico paraense)
- PONTA DE ESPINHO
-
Ednardo
Ponta de espinho
Aquela roseira quebrada
Pra não crescer seu caminho
Ó meu amor que espante
Lá vem verde se abrindo
Com muito mais rosas nos galhos
E muito mais ponta de espinho
Com muito mais rosa nos galhos
Muito mais ponta de espinho
Por ser irmã do meu canto
Por não saber ser cativa
Quebrou a barragem que a força impôs
Pra se derramar mais bonita
- ARAGUAIA e CARIRÍ (medley)
-
EdnardoINSTRUMENTAL
Quando eu me banho no meu Araguaia
E bebo da sua água sangre fria
Bichos caçados na noite e no dia
Bebem e se banham eles são comigo
Triste guerrilha companheiro morto
Suor e sangue, brilho do corpo
Medo só
Mas se o corpo desse pó é pó
Um círio da luz dessa dor
Violento amor há de voar
- NA ASA DO VENTO
-
Luiz Vieira / João do Vale
A7 E7 (A7 B7 C#m A7 B7 E7)
E A G#m
Deu meia noite a lua abre um claro
A G#m
Eu "assubo" nos aro
B7 E
Vou brincar no vento leste
A7 D A7
A aranha tece puxando o fio da teia
E7 A
A ciência da "abeia", da aranha e a minha
B7 C#m
Muita gente desconhece
A B7 E
Ô lá lá ô, muita gente desconhece
D A7 E7
A lua é branca e o sol tem rastro vermelho
B7
E o lago é um grande espelho
E7
Onde os dois vão se mirar
A7 B7 C#m
Rosa amarela quando murcha perde o "chero"
B7
E o amor é bandoleiro
C#m
Pode até custar dinheiro
E7 A7
Pois é flor que não tem "chero"
B7 E7
E todo mundo quer "cherar"
- BRINCANDO É QUE SE APRENDE
-
Ednardo / Dominguinhos
Elvira do Ipiranga ou do Braz
Ou da Aldeota, ou de Ipanema
Ouvir é bom, duvida Elvira
Duvida Elvira, ouvir é bom
Elvira do Ipiranga ou do Braz
Ou da Aldeota, ou de Ipanema
Falar é bom, duvida Elvira
Duvida Elvira, falar é bom
Elvira do Ipiranga ou do Braz
Ou da Aldeota, ou de Ipanema
Olhar é bom, duvida Elvira
Duvida Elvira, olhar é bom
Elvira do Ipiranga ou do Braz
Ou da Aldeota, ou de Ipanema
Saber é bom, duvida Elvira
Duvida Elvira, saber é bom
- DE REPENTE
-
Ednardo
Não é brinquedo meu amor
Guerrear na solidão
Cantar dos anjos a poesia
Conhecer tua magia
E morar na amplidão
Azul muito azul da terra
E é bem por traz daquela serra
Ai que estrada mais comprida
Cada vez que eu te beijo
Ou te vadeia a minha mão
Me sinto como um menino
Que descobre num repente
O mistério do universo
Engatinhando pelo chão
- PELO CORAÇÃO DO BRASIL
-
Ednardo
(C G/D Am)G
G G D
A gente é mais forte na paz dos teus braços, donzela
C G/D Am G
Mas se é preciso - "Se és en la guerra"
D C B
Eu vi, eu vi, eu vi
D C G
Quando eu vim viajando pelo o coração do Brasil
C G/D Am G
Eu vi, que ia ser assim
D C G
Na lama na luz do momento eu vi
D C G
Eu vi, eu vi, eu vi
D C G
Quando eu vim viajando pelo coração do Brasil
D C G/D Am G
Eu vi, que ia ser assim
D C G
Tudo junto de novo, um trabalho novo
D C G
De verbo, de veracidade do povo
D C G
Intrigante e inteiro como um ovo
D C G
Eu vi, eu vi, eu vi
D C G
Quando eu vim viajando pelo coração do Brasil
D C G/D Am G
Eu vi que ia ser assim
D C
Cada qual no seu caminho
G
No seu eu cada qual
D C
Cruzando altiplanos centrais
G
Em veloz montaria
D C G
Ficou claro que clareou o terreiro do dia
D C C G/D Am G (C G/D Am) G
E como cheguei primeiro, canteia a cantoria, ah, ah, ah
G D
Na procissão desses homens nessa guerra
C G/D Am G
Santa Maria Mãe Terra | BIS
C G/D Am C G/D Am C G/D Am
Chora de horror, chora de horror, chora de horror
D
E nessa hora Senhora, Nossa Senhora
C G/D Am G
"Sucite" meus cavaleiros cantantes | BIS
C G/D Am C G/D Am
Quais quixotes, quais chicotes
C G/D Am G
A estalar em nossos momentos
C G/D Am C G/D Am C G/D Am C G/D Am G
Ah, ah, ah ah, ah, ah ah, ah, ah ah, ah, ah, ah
(Cifrada por Kaica, músico paraense)
O MELHOR DE EDNARDO
- FICHA TÉCNICA
-
Compilação - RCA / BMG - CD - 1998
74321-60496-2
De músicas dos discos originais
O Romance do Pavão Mysteriozo - 1974
Berro - 1976
O Azul e o Encarnado - 1977
FICHA TÉCNICA DA COMPILAÇÃO
Projeto - Marcelo Falcão
(Marketing Estratégico)
Seleção de Repertório - José Milton
Coordenação de Produção - Adriana Ramos
Coordenação de Repertório - Washington Costa
Coordenação Gráfica - Emil Ferreira
Supervisão Técnica - J. R. Cruz
Remasterização - Cia. do Áudio - SP
Foto - Wilton Montenegro
Capa - Pós Imagem Design
Direção de Arte - Ricardo Leite / Rafael Ayres
Projeto Gráfico - Fabiana Prado
Obs - A música "O Bom filho a casa torna" é de um
outro projeto realizado somente com a obra
de João do Vale com a Direção de Chico Buarque,
Produção de José Milton, Arranjo de José Américo
Para saber a Ficha Técnica Original
Acesse a página de cada Disco Original
- CARNEIRO
-
Ednardo / Augusto Pontes
Amanhã se der o carneiro
O carneiro
Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
Amanhã se der o carneiro
O carneiro
Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
As coisas vem de lá
Eu mesmo vou buscar
E vou voltar em vídeo tapes
E revistas supercoloridas
Pra menina meio distraída
Repetir a minha voz
Que Deus salve todos nós
E Deus guarde todos vós
- ARTIGO 26
-
Ednardo
Intr : (G,F)
(G,F)
Olha o padeiro entregando o pão, de casa em casa, entregando o pão
F
menos naquela, aquela não
G C D G
pois quem se arrisca a cair no alçapão
G D
Anavantú, anavantú, anarriê
C D G
nêpadêqua, nêpadêqua, padê burrê
G7 C
iguali tê, fraterni tê e liber tê
D G
merci bocu, merci bocu não ha de que
(G,F)
Rua Formosa, moça bela a passear palmeira verde e uma lua a pratear
F G
e um olho vivo, vivo, vivo a procurar
C D G
mais uma idéia pro padeiro amassar
(G,F)
Você já leu o artigo 26 ou sabe a história da galinha pedrês
F G
e me traduza aquele roque para o portugûes
C D G
a ignorância é indigesta pro freguês
(G,F)
Você queria mesmo, ser um sanhaçú fazendo fiu e voando pelo azul
F G
mas neste jogo lhe encaixaram, e é uma loucura
C D G
lá vem o padeiro pão na boca é o que ti cura
- CHEROS E CHOROS
-
Ednardo
Quando você pisca seus olhos
E tenta me envolver em sua teia
Quando você me mostra seus fatos
E faz de minha vontade o papel
Onde escreve seus recados
Quando você me faz escutar
Sua voz acima do meu próprio medo
É que percebo como é perto
Do ódio, o amor que lhe tenho
Eterno drama desse segredo
Mas meu coração não se aflinge
Com essa louca incoerência
Que existe dentro dele
Pois por muito ter vivido de paixões
Quase nada sabe delas
- ABERTURA
-
Ednardo
Alguém colocou um novo ingrediente na ração
E no pacato terreiro formou-se enorme confusão
Eu já desconfio que essa algazarra em alguma vai dar
Pois a bicharada toda do terreiro
Já tem outra maneira de cantar
Quém, quém, quém, pó dó pó
Corocó-có có có có
Pó pó pó pó pó o Pato
Porque todo o pato
Tem que cantar alegremente
Alegremente cantar o pato e toda a gente
Alegremente o pato é
Alegremente o pato está no tucupí no tacacá
Comeram o pato
- A PALO SECO
-
Belchior
E G#m
Se você vier me perguntar por onde andei
A B7
No tempo em que você sonhava
E G#m
De olhos abertos lhe direi
A B7
Amigo eu me desesperava
C#m F#m B7 E
Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
C#m F#m B7 E
E eu ando um pouco descontente desesperadamente eu falo em português
E G#m A B7
Tenho vinte e cinco anos de sonho e de sangue e de América do Sul
E G#m A
Mas por força do meu destino um tango Argentino
B7
Me pega bem melhor que um blues
C#m F#m B7 E
Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
C#m F#m B7 E
Eu quero é que esse canto torto feito faca, corte a carne de vocês
- MARESIA
-
Ednardo
A calmaria da cidade é geral
É geral, é geral
E a maresia que molhou a minha pele
Rimou com a canção pra este carnaval
Nada me resta a não ser tua beleza
E a incerteza do que vai ser de mim
Por isso basta dessas coisas sérias
Fica combinado se cantar assim
Ó meu amor que fazes aí parada
Se tu tens toda a calçada
E o mundo pra correr, pra correr
Cuidado que a morte abriu a janela
Hoje mesmo eu passei por ela
E vim depressa te dizer
E vim depressa te dizer
- BOI MANDINGUEIRO
-
Ednardo / Brandão
Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
Viajando de terceira
Nos ombros do caminhão
Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
Viajando na canseira
Nos braços do caminhão
Chegando de madrugada
Na chapada de cimento
Procurando com os olhos
O que não é fingimento
Assustado de ver o medo
No olhar do companheiro
Procurando saber do segredo
Desse curral grande de gado sem boiadeiro
Dorme no chão
O silêncio do boi mandingueiro
Dorme no altar
A dança desse boi mandingueiro
Dorme na praça
A saudade do boi mandingueiro
Na biblioteca
Olha o chifre do boi mandingueiro
E na escola
Dorme a pinta do boi mandingueiro
E lá no alto
Tá tudo que é do mandingueiro
Tudo que quer ser mandingueiro
E não vê o mandingueiro chegar
Tudo que quer ser mandingueiro
E não vê o mandingueiro passar
Com seu colar de prata
Com sua pinta preta
Com seu requebrado
Fazendo uma careta
- ESTÁ ESCRITO
-
Ednardo
Está escrito
No grande livro da sabedoria popular
Que primeiro se deve viver
Que é pra depois poetar
Que primeiro se deve viver
Que é pra depois poetar
Se arme de amor e coragem
Que a minh'arma eu nunca embainho
Se arme de amor e coragem
Como a rosa se arma no espinho
Na tragédia, poesia, na prosa
Tem picada feroz e carinho
Se arme de amor e coragem
Que a minh'arma eu nunca embainho
Que a minh'arma eu nunca embainho
- AVIÃO DE PAPEL
-
Ednardo
Vai meu filho vai
Que Deus lhe dê
Boa sorte, fortuna e felicidade
Não tem segredos
Vai que esta província muito tem a ver
Com a cidade
Um pouco mais alargada talvez
Mas não tenha medo não
Só não esqueça que esse céu de anil
É muito grande pra voar
E mesmo assim avião de papel
Não é fácil de se pilotar
Só não esqueça de voltar pra ver
O que restou desse lugar
Que o sol e a chuva
E os homens práticos
Vão modificar
Vai meu filho vai
Que eu lhe dou essa medalha assim
Como seu avô me deu
Mas a força maior, você sabe
Está em você que nasceu
Só não se esqueça de vir para abraçar o mar
E nós que vamos vivendo
Descendentes diretos do galã lusitano - o Moreno
A gente sente saudades
É labareda, brasa e cinza
- ARMADURA
-
Ednardo
Mistura os frutinhos da mata
Com o canto da juriti
E me dá um abraço acochado, morena
Que fale o teu amor por mim
E deixa o dia amanhecer
E deixa a barra clarear
Que o nosso suor com o sol do segredo
Nos deram armadura contra o mal e o medo
Herdamos um chão
Mas no entanto pra o caminho ser nosso
Temos que pisar
E o que faz o meu passo ligeiro
É o fruto da espera
Que brilha em nosso olhar
- RECEITA DA FELICIDADE
-
Ednardo
Ultimamente ando as vezes preocupado
Vendo as caras tão risonhas das crianças
Nas fotos dos anúncios
Nos cartazes da parede
Dando idéias que algo vai acontecer
É receita certa pra sensibilizar
Pra esconder, pra mentir ou pra vender
Veja as caras tão risonhas
Tão lindinhas, tão risonhas
Nos jornais, nas paredes, nas tv's
Eu não gosto desses dedos que me apontam
Eu não gosto dessas frases que me dizem
-"O futuro deles está em suas mãos..."
Pois é seu Zé, sei não
Não esqueço que algum dia fui risonho
Com u'a carinha bonitinha pra valer
Quem guardou o meu futuro
Quem guardou o meu futuro
Quem guardou o meu futuro - me dê
- DOROTHY LAMOUR
-
Petrúcio Maia e Fausto Nilo
Dorothy Lamour, com amor te matei
Sereia, na areia do cinema
Dorothy Lamour, com ardor te adorei
No drama da primeira fila
Adorei, no drama, o teu sabor azul
Estranho como a primeira
A primeira coca-cola
Era miragem, fantasia de um mundo blue
E eu fui chorar na areia Dorothy Lamour
Por que sangrar meu nativo coração do sul
Ai eu fui naufragar em teus olhos de mar azul
A tua cor, o teu nome, mentira azul
Tudo passou, teu veneno teu sorriso blue
Ai, hoje eu sou, água viva dos mares do sul
Não quero mais chorar, te rever Dorothy Lamour
- PAVÃO MYSTERIOZO
-
Ednardo
A
A G D A E
Pavão mysteriozo, pássaro formoso, tudo é mistério nesse teu voar
A G D
Ah, se eu corresse assim, tantos céus assim
A E A
Muita história eu tinha prá contar
F#m B F#m
Pavão mysteriozo nessa cauda aberta em leque
Dm Am E7
Me guarda moleque de eterno brincar
Am Dm
Me poupa do vexame de morrer tão moço
Am E A A4 A5- A4
Muita coisa ainda quero olhar
REFRÃO
F#m Am Am/G
Pavão mysteriozo, meu pássaro formoso
G C
No escuro desta noite me ajuda a cantar
Am Dm
Derrama essas faíscas, despeja esse trovão
Am E A A4 A5- A4
Desmancha isso tudo que não é certo não
A G D
Pavão mysteriozo, pássaro formoso
A E
Um conde raivoso não tarda a chegar
A A7 D Dm
Não temas minha donzela, nossa sorte nessa guerra
A E A
Eles são muitos mas não podem voar
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