O Show de Ednardo
Começou poucos minutos depois de Amelinha deixar o palco. Os primeiros minutos de sua apresentação foram de saudação ao público e à terra dos monólitos. “Ê Quixadá, Ê Quixadá...”, repetiu várias vezes, em refrão musical, (Nota do Editor - Aura Edições:- enquanto recitava . Em seguida, deu início à interpretação de vários clássicos de sua autoria, e de outros compositores nordestinos, como Fagner, Belchior. O repertório incluiu “A Manga Rosa” e “Cavalo Ferro”. Os momentos de maior animação aconteceram quando Ednardo interpretou seus maiores sucessos, como “Beira Mar”, “Pavão Misterioso” e “Enquanto engoma a calça”.

“Eu cresci ouvindo estas músicas. Fazem parte da minha vida”, comentou o professor Vanderlei Filho, enquanto acompanhava o show bem em frente ao palco. “Os anos passam e parecem que estas músicas ficam ainda mais bonitas”.
Segundo Rogério Santos, apresentações como a de Ednardo, Amelinha e Belchior revelam a alma nordestina. “E o Festival, como um todo, planta uma das sementes de maior importância para a valorização da música nordestina e da mais tradicional música brasileira.
Em cima do palco, Ednardo convidava o público a acompanhá-lo no passo do maracatu, que caracteriza o ritmo da música “Pavão Misterioso”. Nesta hora, muitos repentistas dançavam em grupo no meio do público, em uma bela festa. No final, para fechar em grande estilo, Amelinha volta ao palco para fazer dupla com o cantor. A sintonia e empolgação dos dois embalaram o público por mais alguns minutos.
Matérias Condensadas por Aura Edições Musicais - Jornais: Diário do Nordeste e O Povo - Fortaleza / Ceará, 29 de outubro a 2 de novembro de 2004

1º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TROVADORES  E REPENTISTAS - QUIXADÁ E QUIXERAMOBIM.

Ednardo e Amelinha atraem multidão

Ednardo e Amelinha reuniram uma multidão no palco “Cego Aderaldo”, em Quixadá, na noite de segunda-feira.
Os cantores cearenses fizeram, inicialmente, apresentações individuais, mas, no final, promoveram um encontro no palco.
No repertório dos cantores, clássicos dos grandes festivais e muitas músicas que retratam a alma nordestina.

A programação conseguiu reunir nos quatro dias, a essência do regional que se torna universal diante da criatividade dos artistas participantes.

Délio Rocha – enviado do Diário do Nordeste ao Sertão Central.

O Show de Amelinha
Amelinha foi a primeira a subir ao palco. Começou interpretando “Foi Deus que fez você”, um dos seus maiores sucessos. E não demorou para recriar o clima dos antigos festivais da MPB, interpretando “Alegria alegria”, “A Banda” e “Pra dizer que não falei das flores”. Em seguida, o show ganhou um ritmo mais nordestino, “Galope Rasante”, “Xote do Serrote” e “Baião”. No meio do show, outra música imortalizada na voz de Amelinha, “Mulher nova bonita e carinhosa...”. O público fazia coro com a cantora. A animação ficou ainda maior quando ela emendou “Gemedeira”, “Periga Ser”, “Romance da lua” e “É de dar água na boca”, além de “Pra tirar coco”, de Messias Holanda.
Teve quase uma hora de duração, ultrapassando os 45 minutos previstos inicialmente. Depois da apresentação a cantora não escondia a euforia. “Foi muito bacana, emocionante ver todo mundo cantar comigo”. “Queria cantar nossas músicas e recriar o clima dos grandes festivais, que nunca vão morrer. Este Festival cearense, por exemplo, representa o pé de Juazeiro no meio da secura do sertão. E resgata a dignidade do cantador”, comentou.
 “Sua voz está mais linda do que nunca. Alcança agudos e graves na mesma intensidade da beleza”, derreteu-se o cantor e compositor Rogério Soares, que passou todo o show dançando, embalado pela voz da cantora. O advogado paraibano, Josué dos Santos, “Ela continua sacudindo o público. Vim para cá, principalmente, por causa das apresentações de viola e dos grupos de reisado, e tive a surpresa de presenciar, na mesma noite, apresentações da Amelinha e do Ednardo. 

Gustavo Pellizzon


No mesmo horário em que Amelinha e Ednardo formavam dupla no show, o cantor cearense Belchior estava no palco “Cego Oliveira”, em Quixeramobim, como atração da noite, com uma apresentação bem autoral. 

Para Rosemberg Cariry, curador e idealizador do Festival, o melhor do evento é o encontro entre a música tradicional e contemporânea, entre a popular e a erudita. Ele faz questão de frisar que o Festival não é de música regional. “Isso é um rótulo preconceituoso. O evento mostra a universalidade de nossa cultura”, comentou. Segundo ele, o Festival promoveu o encontro de todas as vertentes que geraram a cultura brasileira.
“Teve de Villa-Lobos a Tropicália, de Luiz Gonzaga a Tom Zé, de Mestre Ambrósio a Alceu Valença. Os grandes artistas da música brasileira, aliás, beberam na fonte da viola, da cultura popular”, sentenciou. Todas as apresentações do I Festival de Trovadores e Repentistas foram filmadas e gravadas. O objetivo é transformar este material em documentários e CDs. “O Festival reuniu a essência de nossa cultura”, justifica Rosemberg.
O professor Themístocles Soares comentou: “Eu vejo como o maior mérito desse festival a formação de público. Ficou claro para todos que o universo musical do Nordeste é muito mais vasto do que esse forró pasteurizado que domina as rádios.  Somos todos vítimas da cultura do ‘jabaculê’. Nossas preferências são teleguiadas, uma vez que, aparecem os artistas que compram espaço nas rádios e nas redes de televisão. Daí a importância de eventos como esse, formadores de público”.

Délio Rocha – enviado Diário do Nordeste ao Sertão Central

Ednardo e Amelinha hipnotizaram o público que lotou a praça matriz.

Ednardo e Amelinha hipnotizaram o público que lotou a praça matriz. O público que tem afluído ao Festival desmente a previsão pessimista, segundo a qual o povo do Sertão Central não compareceria aos shows e cantorias, por ter o gosto excessivamente centrado no “forró pasteurizado”. Fica a lição. Quixadá tem 76 mil habitantes, e polariza as demais cidades do Sertão Central. Não é mais possível, nessas caatingas, encarar a cultura como supérflua.
Fábio Angeoletto da sucursal Diário do Nordeste - Quixadá

Arte no coração da pedra

Até terça-feira, violeiros, repentistas e trovadores do Brasil, de Portugal, do Chile, de Cuba, da China, estarão tangendo cordas e vozes em Quixadá e Quixeramobim. Há ainda um ciclo de cinema, oficinas e shows diversos, que integram a tradição à contemporaneidade

Eleuda de Carvalho
da Redação – O POVO

Quando se fala em tradição, em cultura popular, ainda tem quem torça o nariz ou fique pensando que isto, que já se chamou folclore, é quase uma múmia a ser contemplada de longe, através de grossos vidros e em museus equivocados. O que se pensa passado, é tão somente a funda raiz que vem alimentando, desde sempre, a árvore frondosa da humanidade que evolui. (Se a terra é rasa e estes rizomas, sem ligamentos, sem substância, apodrecem, vemos a cara amedrontada e cruel da involução). Nem Deus tirou o mundo do nada. Segundo o livro do Gênesis, no princípio havia o Caos. Neste princípio aqui, reinava o sonho.

E o sonho chamava-se ''inquietação da contracultura'', segundo o sonhador do I Festival Internacional de Trovadores e Repentistas, que acontece desde ontem e vai até terça-feira, em palcos armados nas cidades de Quixeramobim e Quixadá. Rosemberg Cariry, o cineasta, o poeta, o letrista, conta que o ovo desta idéia vem de 1969, quando ele realizou o I Festival Jovem de Cultura Popular. Foi aí, diz ele, que começou a perceber ''que esta coisa do popular e da vanguarda se encontravam''. Picasso sacou de sua paleta a mesma coisa, no começo do século 20, quando inventou o seu cubismo depois de ver as esculturas multifacetadas dos negros iorubás. Este mundo dos chips e da cibernética já estava contido na cabeça daquele antiquíssimo chinês que criou o ábaco.

Infância de ouvido comprido, captando a prosa dos tantos que vinham à bodega de seu pai, no Crato. O menino Rosemberg via de perto os manos Anicetos fazendo suas piruetas incríveis, entre um negócio e outro de venda de farinha na feira. Viu também as levas romeiras arrastando a fé estrada afora, no rumo do Juazeiro. Espiou poetas, bacamarteiros, cantadores, folhetistas, imaginários. Um dia, foi-se embora para as Minas Gerais, a completar os estudos. Viu outro Brasil profundo, as igrejas barrocas, os profetas do Aleijadinho. Lembrou-se do mestre Noza, de seu Nino, de dona Ciça do Barro Cru. Muitos destes personagens ele eternizou no meio que escolheu para expressar-se de maneira mais completa: o áudio-visual.

Por falar em filme, o festival vai contar com uma mostra de cinema, especialmente para lembrar um dos ícones mais queridos de Rosemberg Cariry: o cantador Cego Aderaldo, nascido no Quixadá. Além de repentes que lhe deram fama, o cego corria o sertão com sua maquininha de projeção de películas. E mais: ao tempo do cinema mudo, era o homem que não via quem narrava a história. Audifax Rios, o artista plástico, participa do festival fazendo uma homenagem a Aderaldo, o cego que gritava luz!

''Viajei Portugal, Espanha, o sul da França, a Índia, buscando. Por onde eu passava, havia ainda viva esta tradição trovadoresca'', retoma o fio Rosemberg, para desenhar sua trama. Em Toulouse, na França, foi que o feitio que ele traçava desde muito tempo ganhou forma definitiva, o plano de fazer um encontro ''que reunisse este elo que se perdeu através dos tempos, num projeto amplo e generoso. Persegui este sonho como uma coisa obsessiva, durante os seis últimos anos''. Então, entre as pedras polidas de Quixadá e Quixeramobim, monólitos que são o coração cristalino da montanha que aqui havia muito antes dos gigantescos dinossauros, sob este céu de parapentes e discos voadores, cantarão juntos a velha-guarda do repente, como Antônio Maracajá e Zé Alexandre, junto com a nova geração e orquestra sinfônica.

E Geraldo Amâncio, violeiro, também um sonhador, aproveita para lançar seu mais novo livro, em parceria com Wanderley Pereira, Gênios da Cantoria, assim como Virgílio Maia relançará seu Recordel. Vem também o jovem Pedro Mestre, português do Alentejo, tocador de viola campaniça, entrevistado lá dentro com o editor de livros e discos que tratam da tradição musical portuguesa pelo mundo, o também alentejano José Moças. E outros, e outros mais...

E ainda ouviremos quem faz tempo não canta por estas bandas, já se vão bem uns dez anos ou mais, o arquiteto e criador de bodes nas barrancas do rio Gavião, o trovador Elomar Figueira Melo. E também seu primo Xangai. Ednardo, que mesclou guitarras e maracatus e cantou neste ritmo novo o romance do Pavão Misterioso, também já chegou para a festa. E também o cearense Belchior. E a voz linda, encantatória, de Myrla Muniz, que espraia suas melodias na cidade que não tem esquinas, Brasília, a ilha solitária segundo versos de outra canção. Todos estes e muitos mais, na terra de Antônio Conselheiro e de Rachel de Queiroz. O evento será filmado e registrado em DVD, os shows, as apresentações, a festa popular: ''Os pipoqueiros, o carrossel, a grande quermesse. E a comunidade tomando de conta de tudo'', diz Rosemberg.

''Num tempo difícil, de materialismo e individualismo, o tecido social se rompe pela violência que o permeia. A única coisa possível é a comunhão do encontro. É o que vai costurar as almas. Tomara que esta festa toque o coração das pessoas e espero, no próximo ano, realizar o segundo festival''.

 
PROGRAMAÇÃO
Festival de trovadores e repentinos
HOJE
Palco Patativa do Assaré (Chalé da Pedra):
17h
- Grupos Populares - A Tradição: Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto (CE) e Torém dos Índios Tremembés (CE)
18h - Recital de Poesia Popular: Iponax Vila Nova (PB) e Assis Ângelo (SP)
19h - Cantadores do Mundo: Jun Gao e Huifeng Wang (China)
20h - Cordas do Brasil: Marcílio Homem (DF) com show Gonzagueando
23h - Baião de Todos: Zé de Manú (CE)
Palco Cego Aderaldo (Praça José de Barros):
18h30
- Convidado especial: Valdomiro Melo (RS)
19h30 - Tradição e tradução: Siba e Fuloresta (PE)
20h30 - I Festival Violas em Desafio com Chico Alves (CE), João Paraibano(PB), Jonas Bezerra (CE), Gilberto Alves (AL), Raimundo Caetano (PB), Raulino da Silva (PB), Sebastião Dias (RN), Severino Feitosa (PB), Zé Fernandes (CE) e Zilmar do Horizonte (CE)
21h30 - Atração Especial: Renato Teixeira (SP)
SEGUNDA (1º)
Palco Patativa do Assaré (Chalé da Pedra)
17h
- Grupos Populares - A Tradição: Dona Zabê da Loca (PB) e Reisado Cachoeira do Fogo (Independência)
18h - Recital de Poesia Popular: Jorge Macedo (CE) e Geraldo Alencar (CE)
19h - Cantadores do Mundo: Pedro Yanês e Eduardo Peralta (Chile)
20h - Cordas do Brasil: Roberto Correa (DF)
21h - Baião de Todos: Chico Pessoa (CE)
Palco Cego Aderaldo (Praça José de Barros)
19h30 - Tradição e Tradução: Idson Ricart (CE)
20h30 - I Festival Violas em Desafio com Chico Sobrinho (CE), Lourival Pereira (CE), Louro Branco (CE), Moacir Laurentino (PB), Sebastião da Silva (PB), Silvio Granjeiro (CE), Valdir Teles (PE), Zé Cardoso (RN), Zé Eufrásio (CE), Zé Viola (PI)
Homenagem à Viola e à Mulher, com Mocinha de Passira e Santinha Maurício (PE)
Homenagem aos apologistas da cantoria, com Elomar (BA), Gabriel José da Costa (CE), Pedro Costa (CE) e Tota Bezerra (CE)
22h - Grande Atração: Ednardo e Amelinha (CE)
TERÇA (2)
Palco Patativa do Assaré (Chalé da Pedra)
17h
- Grupos Populares - A Tradição: Reisado Cipó dos Anjos (CE) e Reisado do Mestre Aldenir (CE)
18h - Recital de Poesia Popular: Oswald Barroso (CE) e Klévisson e Arlindo (CE)
18h30 - Violas do Sertão Central: Guilherme Calixto (CE) e Waldir de Lima (CE)
19h - Cantadores do Mundo: Los Hermanos Novos (Cuba)
20h - Cordas do Brasil: Manassés e Cainã (CE)
Palco Cego Aderaldo (Praça José de Barros)
18h30
- Tradição e Tradução: Abidoral Jamacaru e Meninos da Casa Grande (CE)
20h - Atração Especial da Cantoria: com Orquestra de Rabecas de Juazeiro (CE)
20h30 - I Festival Violas em Desafio, com cantadores classificados
Homenagem à Velha Guarda da Cantoria: Zé Oliveira (CE) e Alberto Porfírio (CE)
22h - Grande Atração, com David Duarte (CE)
OFICINAS
HOJE

9h ao 12h: oficina de viola, com Roberto Corrêa (DF)
14h às 17h: oficina de xilogravura, com João Pedro (CE)
14h às 17h: oficina de cavalo marinho, com Hélder Vasconcelos (PE)
SEGUNDA (1º)
9h ao 12h: oficina de viola, com Roberto Corrêa (DF)
14h às 17h: oficina de xilogravura, com João Pedro (CE)
TERÇA (2)
9h ao 12h:
oficina de viola, com Roberto Corrêa (DF)
Feira de Artesanato e Cultura Popular: barracas com artesanato, CDs, livros, literatura de cordel, arte popular, etc.
EXPOSIÇÕES
A Xilogravura do Nordeste
- J. Borges (PE)
O Mundo da Cantoria - Clube da Viola (CE)
Fotografias Folguedos e Cantorias - Luisinho e Arlindo (CE)
LANÇAMENTO DE LIVROS
SEGUNDA (1º)

17h: Ana Bárbara: Caminhos de um Destino, de Valton Miranda (CE), e Recordel, de Virgílio Maia (CE)
TERÇA (2)
17h:
Cordel do Crédito Fundiário, de J. Borges (PE)
I MOSTRA DE CINEMA: SERTÃO, REPENTE E CANÇÃO
Local: Auditório do Colégio Sagrado Coração de Jesus.
Horário: 14h30 às 17h.
QUIXERAMOBIM
HOJE
Palco Cego Oliveira
18h
- Grupos Populares - A Tradição, com Roda de Manero Pau do Mestre Cirilo (CE) e Reisado do Mestre Piauí de Quixeramobim (CE)
18h30 - I Festival de Cocos, Pandeiros e Ganzás, com Pinto Branco & Canário (CE) e Pelicano & Antonio da Bia (CE)
19h - Tradição e Tradução, com Grupo Enxame (CE)
19h45 - O Som do Ceará, com Azanias e John Robson (CE) e Eugênio Leandro (CE). Participação especial: Luiz Carlos Salatiel (CE)
21h15 - Convidado Especial: Manassés (CE) e Flávia Wenceslau (PB)
22h - Grande Atração: David Duarte (CE)
SEGUNDA (1º)
Palco Cego Oliveira
18h
- Grupos Populares - A Tradição: Reisado do Assentamento Santana (CE) e Reisado do Mestre Aldenir (CE)
18h30 - I Festival de Cocos, Pandeiros e Ganzás: Zé Calixto e Marreco (CE), Antonio de Oliveira e Passarinho de Fortaleza (CE)
19h - Tradição e Tradução: Maracatu Vigna Vulgaris (CE)
19h45 - O Som do Nordeste: Bule-Bule e Grupo (BA)
20h30 - Convidado Especial: Orquestra de Rabecas de Juazeiro (CE)
21h15 - Cantadores do Mundo: Los Hermanos Novos - CUBA
22h - Grande Atração: Belchior (CE)
23h - Forró Baião de Todos: Zé de Manú (CE)
TERÇA (2/11)
Palco Cego Oliveira
17h30
- Grupos Populares - A Tradição: Dupla de Violeiros Jair e Zé Belo (CE) e Brincantes do Cordão Caroá (CE)
18h - Tradição e Tradução: Grupo Cordilheira (CE)
18h30 - O Som do Ceará: Pingo de Fortaleza (CE)
19h - O Som do Nordeste: Socorro Lira (PB)
19h30 - Encerramento Oficial: Banda de Música Sebastião Doth (CE)
20h - Convidado Especial: Fausto Nilo (CE) com show Casa Tudo Azul
Homenagem ao Mestre Piauí (CE)
21h - Cantadores do Mundo: Jun Gao e Huifeng Wang (CHINA)
21h45 - Grande Atração: Elomar e Xangai (BA)
OFICINAS
HOJE

9h às 12h - Fabricação de Pífaros, com Zé do Pife (DF)
9h às 12h - A Literatura de Cordel, com Zé Maria (CE)
SEGUNDA (1º)
9h às 12h - A Literatura de Cordel, com Zé Maria (CE)
9h às 12h – Fabricação de Pífaros, com Zé do Pife (CE)
9h às 12h – Escultura, com Francisco Sérgio (CE)
TERÇA (2)
9h às 12h - Escultura, com Francisco Sérgio (CE)
EXPOSIÇÕES
Cego Aderaldo
- Audifax Rios (CE)
O Mundo Maravilhoso da Cultura Popular - Liara (CE)
Pintura e Escultura - Francisco Sérgio (CE)
Antonio Conselheiro - Prefeitura de Quixeramobim
Local: Memorial Antônio Conselheiro
Pedras que Cantam - SECULT
Local: Igreja Nosso Senhor do Bonfim
LANÇAMENTO DE LIVROS
TERÇA (2)

17h - Gênios da Cantoria, de Geraldo Amâncio e Wanderley Pereira (CE)
Cordéis, de Lucas Evangelista (CE)
Cordéis, de Klévisson Viana (CE)
Cordéis, de Zé Maria (CE)
I MOSTRA DE CINEMA: SERTÃO, REPENTE E CANÇÃO
Local: Teatro do Memorial Antônio Conselheiro
Horário: 14h30 às 17h.