CAUIM
  • FICHA TÉCNICA
    • WEA / Warner - 1978 - LP - BR 36.074 Lançado em CD Warner Music - 082 741418-2

      FICHA TÉCNICA
      Direção Artística - Marcos Mazola
      Produzido por Guti Carvalho
      Técnicos de Gravação - Carlos Duttweller / Vitor
      Estúdio de Gravação - Transamérica - Rio de Janeiro
      Mixagem - Guti Carvalho / Carlos Duttweller / Ednardo
      Assistente de Produção - Gastão
      Auxiliares de Estúdio - Franco / Cláudio
      Capa e Desenhos - Brandão
      Foto da Capa - Mario Luiz Thompson
      Foto da Contra Capa - Francisco Régis
      Arte Final - Ruth Freihof

      MÚSICOS
      Arranjos - Ednardo / Pepeu Gomes / Wilson Cirino
      Violões - Ednardo / Pepeu Gomes / Wilson Cirino
      Violão Sétimo - Waldir (Novos Baianos)
      Guitarra Acústica - Pepeu Gomes (Novos Baianos)
      Bateria - Jorginho (Novos Baianos)
      Contra Baixo - Luiz Carlos Tolentino - Ife
      Baixo Tuba - Teles
      Percussões - Sérgio Boré / Jorge José

      Todas Músicas Editadas por - Aura Edições Musicais Ltda.
      Exceto: Rasguei o teu retrato

      Nota - Aura Edições Musicais - Acima o detalhe gráfico da capa dupla interna do LP, desenho do parceiro Brandão. Este disco gravado em 1978, no auge das discotecas, música eletrônica e eletrificadas, foi um dos primeiros discos desta geração artística brasileira, utilizando somente instrumentos acústicos.
  • CLAREOU
    • Ednardo

      Clareou, clareou, clarear
      Zarpou a barca menina
      Todos querem navegar

      O horizonte segreda
      Querendo a barca do dia
      E eu que me quero vento
      Canto canções maresia
      Roendo a cruel cadena
      Que ancora a nau da alegria
      Enquanto brinco de brisa
      Nos cachos de minha pequena

      Clareou, clareou, clarear
      Zarpou a barca menina
      Todos querem navegar

      As canções estão soltas no ar
      E sendo vento eu quero cantar
      Por destino, ofício, ou paixão
      Assobio entre as pedras que guardam
      Ouvidos atentos
      E choro de tão contente
      Se o fogo vejo espalhado
      Clareando o infinito espaço
      Do pensamento

  • MEU VIOLÃO É UM CAVALO
    • Ednardo

      Meu violão é um cavalo
      Bicho afoito, livre e ligeiro
      Meu violão é um cavalo
      Bicho afoito, livre e ligeiro
      Sem rédea, sem eira, nem beira, nem cela
      Meu companheiro, só te conquiste aquele
      Que no galope das cantigas
      Usa o chicote dos versos
      Abrindo claro caminho
      Pro homem, seu passageiro

      Quando monto teu pelo nu
      E me agarro em tuas crinas
      Quando monto teu pelo nu
      E me agarro em tuas crinas
      Sou ponta furando a vida
      E por ser a que vai na frente
      É a primeira a se gastar
      Mas todo entrave é o atrito
      Onde novamente a ponta da faca vai se afiar

      Sou cantador de um incêndio maior que o fogo do sol
      Sou cantador desse incêndio maior que o fogo do sol
      Porque transformo e transmito
      Qualquer dor que me deixa
      Um travo amargo, a voz rouca
      Toda a paixão que devora
      Minha emoção como louca
      Toda alegria que abre um largo riso em minha boca
      Num instante uma cantiga

      Sou cantador dos açudes, dos rios e oceanos
      Percorro a terra e os ares
      Sem ter o rumo traçado
      Qual feito nuvem cigana
      Ferro com minha palavra violão e cantoria
      A vida e seus desenganos
      Ferro com minha palavra violão e cantoria
      A vida e seus desenganos

  • AMOR DE ESTALO
    • Ednardo / Brandão

      Amor de estalo eu para e falo claro
      Entre nós dois existe a coisa rara
      Aquilo raro e preso ao meu sentido
      Como o vento que vem sem se deter

      Nada parado, nada seguro, nada infinito ou puro
      Nada parado, nada seguro, nada infinito ou puro
      Nada parado, nada seguro, nada infinito ou puro

      Nada é parado, nada é seguro, nada é infinito ou puro
      Nada é parado, nada é seguro, nada é infinito ou puro

  • DUAS VELAS
    • Ednardo / Brandão

      Foi uma noite um mar, um musical noturno
      O sopro de um vento incontrolado
      Teu corpo desmanchado pelo frio
      Recebeu o meu

      Espinhos de um silêncio que resiste
      Morrendo de queimar e não ser triste
      Duas velas se tocaram
      Devorando a escuridão
      E a vida inteira com um só clarão

      Não quero a ambição de retomar a estrada
      Que estragou esse teu espanto
      Espero nunca ter que te lembrar
      Que ainda sinto o fogo na garganta

      E ainda estou vagando como um raio
      Que trêmulo pelo céu ficou parado
      Desprezo o meu passado e nunca saio
      Pensando em te encontrar e reviver

  • RENDADOS
    • Ednardo / Tânia Araujo

      A tarde quente, a varanda
      Cadeira de balançar
      No rosário u'a outra reza
      Pra fazer o tempo passar
      Toda gente tem seu dia
      Rede, rumo, romaria
      Pelas terras de sonhar
      A manhã finda e na tarde
      Nos olhos de tanta estrada
      O pó de arroz, a poeira
      Ensaiando escuridão
      Pelo rosto de Luzia,
      Rendados, sombras vazias
      Carinho, canto e clarão
      É fogo ou vereda escura
      É sede e tanta água pura
      Pelas terras de sonhar
      Rios de tanta secura
      Sons apagados no peito
      Tange em mares o verdume
      Sonho, luz, ladeira e lume
      Brilhava nos olhos dela
      Aquela luz que fugia
      Labareda, luto ou luta
      Que de repente sumia
      Mas antes de ser escuro
      Mil coisas de amor dizia
      Mas, veio o verão, sol novo
      Nas sombras da garrancheira
      Renda estendida no chão
      E junto a flor que outrora havia
      Luzia é luz ou clarão?
      Meu braço vestiu seu corpo
      Seu amor despiu meu medo
      Mas inda nos olhos dela
      Aquela luz que fugia

      A tarde quente, a varanda
      Cadeira de balançar
      No rosário uma outra reza
      Pra fazer o tempo passar
      Toda gente tem seu dia
      Rede, rumo, romaria
      Pelas terras de sonhar

      Rosário e nas rezas fica
      Zeca, tu lembra a Luzia?
      Qual? Aquela que pegou um filho
      De não sei quem, de não sei quem
      Rede, rumo, romaria
      Pelas terras de acordar

  • CAUIM
    • Ednardo

      Rainha preta do maracatu
      Nesse teu rosto de falso negrume
      Morre de gozo na renda do sol
      No pano feito pelos fios d'água
      Desse véu de noiva: bica do Ipú

      Como uma princesa sertaneja e aflita
      Num gosto vivo de suor e sal
      Te entregarás em meus braços rijos
      De sangue luz e de sabor letal

      E eu um índio pronto para as flexas
      Dos arcos tesos de uma caçada incerta
      Monto no sopro do aracati
      Tonto de espanto, de amor e cauim
      Sou nau sem rumo
      Em teu ardor imerso

      E eu serei cego, como um violeiro cego
      Que enxerga a vida sensitivamente
      E tem na pele um olho mais agudo
      Que o meu punhal de ponta
      Em teu corpo quente

  • BLOCO DO SUSTO
    • Ednardo

      Menina, eu acordei com uma saudade
      Não sei de que no meio do carnaval
      Nem é quarta-feira de cinza, ainda
      Mas meu corpo não dança
      E aquilo que eu canto
      Não me invade natural

      Assim, não há carnaval que aguente
      Com tanta tristeza presente
      E eu quero é despencar
      Despencar, despencar

      Chove chuva alegria do céu
      Lava o bloco do susto
      Que a boca do povo
      Cantará de novo
      Um frevo bem legal

      Canta, canta, faz um escarcéu
      Mata a tristeza de susto
      Te saca da Silva
      Inventa a saída
      Inventa, inventa Juvenal

  • É CARA DE PAU
    • Ednardo / Brandão

      É cara de pau
      E você acha que eu posso fazer
      Muito mais do que eu fiz
      Ajudei essa louca a viver
      E ela mesma é quem diz
      Que quer me ver frito
      Que quer me ver morto
      Estendido no chão
      Pus o bagulho de lado quebrei o estrado
      E toquei fogo no colchão

      A gente se amarra, aconselha os pivetes, faz até oração
      Porém chega um dia que se toma uma beer
      E que também se faz, a nossa confusão
      Ora tenha paciência, quer me ver andar duro
      E com toda a decência
      Mas em sã consciência
      Qualquer malandro manja
      Essa falsa inocência

  • TEREZINA 40 GRAUS
    • Ednardo

      Troca que troca que troca
      Lembranças
      Contra corrente do rio,
      Vai vapor
      Que também sem ti
      Posso navegar
      E cada instante de rio
      Me afasta
      De cada saudade do mar
      De cá, dá saudade do mar

  • CANÇÃO DOS VAGALUMES
    • Ednardo

      Cada um carrega sua esperteza
      Cada um carrega sua certeza
      Ái como é duro o fardo da tristeza
      Que cada um carrega

      Cada qual mostra a sua fortaleza
      Cada qual mostra a sua beleza
      Ái como é duro o fardo da tristeza
      Que cada um carrega

      Iguais estamos nessa natureza
      Iguais mantemos nossa chama acesa
      Mas cada qual fala com clareza
      Da luz que cada um encerra


TIGIPIÓ Diretor:

Pedro Jorge de Castro
  • TIGIPIÓ ( Tema Principal )
  • CANTO DE TRABALHO
  • VAQUEIROS E PEDREIRAS
  • CORDEL DE MATILDE)
  • NOITE DE CHUVA
  • TIGIPIÓ (Tema II- Instrumental & Vocal)
  • TIGIPIÓ (Tema III- Instrumental & Canto)
  • TIGIPIÓ (Tema IV- Solo de Viola )
  • TIGIPIÓ (Tema V- Instrumental )

LUZIA HOMEM
  • FICHA TÉCNICA
    • Produtor Cinematográfico
      Produções Cinematográficas LC BARRETO
      Ano de lançamento - 1987
      Produtor Fonográfico da Trilha Musical Original
      AURA EDIÇÕES MUSICAIS

      FICHA TÉCNICA DO FILME
      Diretor - Fábio Barreto
      Argumento - Cacá Diegues / Bruno Barreto / Agnaldo Silva
      Roteiro - Tairone Feitosa
      Sobre Obra "Luzia Homem" de Domingos Olímpio
      Fotografia - José Tadeu Ribeiro
      Edição - Raimundo Higino
      Trilha Musical Original - Ednardo
      ELENCO
      Cláudia Ohana / José de Abreu / Thales Pan Chacon / Ednardo
      Chico Diaz / Luiza Falcão / Ruy Polanah / Gilson Moura
      e grande elenco

      FICHA TÉCNICA DA TRILHA MUSICAL
      Direção e Produção - Ednardo
      Arranjos e Regência - Ednardo / José Américo Bastos
      Direção de Estúdio - José Américo
      Coordenação Artística - Rogério Soares
      Arregimentação - Régis Soares
      Técnico de Gravação - Armando Telles Ribeiro
      Assistente de Estúdio - Alcides Rodrigues
      Gravado e Mixado no Estúdio Transamérica - Rio de Janeiro
      Agosto 1987 - Em Dolby Stereo Surround

      MÚSICOS

      Voz, Teclados, Violão - Ednardo
      Programação Eletrônica de Teclados - Ednardo / José Américo
      DX-7 / Mirrage / CP-80
      Piano e Teclados - José Américo
      Viola 12 cordas - Manassés
      Guitarra - Carlos Patriolino
      Contra Baixo - Jorge Helder / Jorge Luiz Carvalho
      Sanfona - João Severo
      Bateria - Camilo Mariano
      Percussões - João Firmino / Givaldo José (Repolho)
      Flautas / Sax Tenor - Marcelo Neves
      Trompetes / Flugel Horn - Nilton Rodrigues / Paulo Roberto Martins
      Saxofone / Clarinete - Carlos Ferreira Lima
      Trombone - Vitor Santos
      Copista de Arranjos - Carlos Ferreira Lima
      Participação Especial de Voz - Cláudia Ohana - em "Arraial"

  • ARRAIAL
    • Ednardo
      EDNARDO / CLÁUDIA OHANA
EXTRAS & VINHETAS
DVD - Lançamento 01/Março/2005 Distribuição - Paramount Pictures
Vídeo - VHS - Lançamento 25/Abril/1995 Distribuição - Fox - Lorber

Vídeo - VHS Lançamento 1988 Distribuição - Sagres

O CALOR DA PELE
  • FICHA TÉCNICA
    • Produtor Cinematográfico
      ANIMATOGRAPHO CINEMA E VÍDEO - 1994

      Produtor Fonográfico da Trilha Musical Original
      AURA EDIÇÕES MUSICAIS

      FICHA TÉCNICA DO FILME
      Diretor - Pedro Jorge de Castro
      Fotografia - Miguel Freire
      Trilha Musical Original - Ednardo

      ELENCO
      Patrícia França / B. de Paiva
      Esther Góis / Denise Dumont
      e grande elenco

      FICHA TÉCNICA DA TRILHA MUSICAL
      Direção / Produção / Coordenação Artística - Ednardo
      Produção Executiva - Rosane Limaverde
      Arranjos e Regência - Ednardo / José Américo Bastos
      Direção de Estúdio - Ednardo / José Américo
      Técnico de Gravação - Garrafa
      Gravado e Mixado no Géo & Cia. Studio e Produções - Rio de Janeiro - 1994

      MÚSICOS
      Arranjos - Ednardo / José Américo Bastos
      Teclados - Ednardo
      Teclados / Acordeon - José Américo
      Guitarra / Violão -José Paulo de Souza "Zepa"
      Contra Baixo - Guilherme Maia de Jesus
      Bateria - Camilo Mariano
      Percussões - Alex Holanda


CEARÁ QUATRO ESTAÇÕES
  • FICHA TÉCNICA
    • Produtor Vídeo-Fonográfico Aura Edições Musicais
      Lançado em VHS (NTSC) - AURA - 2001
      120091

      FICHA TÉCNICA
      Direção Geral - Jorge Queiroz
      Direção de Produção - Ney Padilha
      Direção Musical - Ednardo
      Coordenação de Produção- Odar Viana
      Produção Artística - Rosane Limaverde
      Fotografia e Imagens - Orlando Carvalho
      Áudio - Orlando Carvalho Filho / Altamir Mendes
      Assistentes de Produção - Rogério Soares / Régis Soares
      Edição - Interface Centro de Pós Produção - Rio de Janeiro
      Edição de BVE - Rogério Legey
      Assistentes Técnicos - Flávio Ferreira / Cláudio dos Santos
      Iluminação - Fernando Piancó / Artur César / Antonio Adahil
      Fotos da Capa - Extraídas do Vídeo
      Still de Fotos (contra capa) - Régis Soares
      Arte Gráfica - Aura
      MÚSICOS DAS TRILHAS DE CLIPS
      Arranjos e Orquestrações - Ednardo / José Américo
      Violão - Ednardo
      Piano e Teclados - José Américo
      Viola de 12 e Cavaquinho - Manassés
      Guitarras - Marcos Nabuco / Mônico Aguillera
      Contra Baixo - Jorge Helder / Adriano Giffoni
      Bateria - Camilo Mariano / Luiz Duarte
      Percussões - Alex Holanda

      BAILARINOS
      Anima Companhia de Danças
      Coreógrafa - Denise Galvão
      Produção de Coreografia - Rosane Nóbrega / Lúcia Viana
      Dançarinos: Bira Fernandes - Karine Cid - Samantha Nóbrega
      Candice Nóbrega - Márcio Carvalho - Beto Ferreira - Carla Cristina

      LOCAÇÕES
      Litorais e Cidade: Fortaleza - Teatro José de Alencar - Praia de Iracema - Ponte Velha
      Varanda Getty's Beira Mar (Jardins Esplanada Praia) - Mucuripe
      Sabiaguaba - Jericoacara - Cumbuco
      Sertões: Canindé - Juazeiro do Norte - Crato - Sobral
      Serras: Ibiapaba - Ubajara - Ipú - Carirí

      AGRADECIMENTOS
      Vasp S. A - Expresso de Luxo Turismo - Esplanada Praia Hotel - Serra Grande Hotel
      Anima Companhia de Danças - Rádio Pageú FM - Rádio Calypso FM
      Restaurante Getty's - Ibama - Serra de Ibiapaba
      Secretaria de Cultura e Desporto do Governo do Estado do Ceará

      Textos da contra-capa:

      Ednardo é o mais forte representante dessa geração de compositores e criadores do Ceará, que foi em busca de nossos sonhos. (Augusto Pontes)
      O Ceará que Ednardo canta, e se vê nesta fita, é um Ceará muito diferente do preconceito do passado. É um Ceará forte, de gente cada vez mais capaz de enfrentar condição hostil, que aqui ali, não sempre, a natureza oferece. (Ciro Gomes)
      Este musical gravado em Fortaleza e no Estado do Ceará, em mais de três mil km percorridos entre praias paradisíacas, sertões e serras de pródigas naturezas, é uma panorâmica da artes de Ednardo em momento que explicitam em belas imagens referências de sua terra, iluminando suas criações, energia e talento. (Aura Edições Musicais)

  • FLORA
    • Ednardo / Dominguinhos / Climério


ACERVO ESPECIAL
  • FICHA TÉCNICA
    • COMPILAÇÃO RCA / BMG - CD e LP - 1993 M 60038 74321-17220-2
      De músicas dos discos originais
      O Romance do Pavão Mysteriozo - 1974
      Berro - 1976
      O Azul e o Encarnado - 1977

      FICHA TÉCNICA DA COMPILAÇÃO
      Direção Artística - Miguel Plopschi
      Pesquisa e Seleção de Repertório - José Milton
      Coordenação de Catálogo - Genilson Barbosa
      Supervisão Técnica - José Roberto Cruz
      Montagem - Danilo Nevis
      Remasterização em Digital - Luiz Carlos Hoffer e Marcelo Hoffer Microservice
      Edição - Américo Marques
      Projeto Gráfico - Caio Domingues & Associados Publicidade Ltda.
      Supervisão Gráfica - Stela Nascimento
      Ilustração - Mello Menezes

      Para saber a Ficha Técnica Original Acesse a página de cada Disco Original

  • PAVÃO MYSTERIOZO
    • Ednardo

      A

         A              G          D    A              E
      Pavão mysteriozo, pássaro formoso, tudo é mistério nesse teu voar
           A                  G              D
      Ah, se eu corresse assim, tantos céus assim
       A              E            A
      Muita história eu tinha prá contar
        F#m                   B              F#m
      Pavão mysteriozo nessa cauda aberta em leque
      Dm                Am            E7
      Me guarda moleque de eterno brincar
         Am              Dm
      Me poupa do vexame de morrer tão moço
      Am          E             A  A4  A5-  A4
      Muita coisa ainda quero olhar
      REFRÃO

       F#m                  Am        Am/G
      Pavão mysteriozo, meu pássaro formoso
           G                  C
      No escuro desta noite me ajuda a cantar
      Am                     Dm
      Derrama essas faíscas, despeja esse trovão
      Am                        E           A  A4  A5-  A4
      Desmancha isso tudo que não é certo não
         A              G          D
      Pavão mysteriozo, pássaro formoso
      A                 E
      Um conde raivoso não tarda a chegar
          A               A7          D          Dm
      Não temas minha donzela, nossa sorte nessa guerra
      A                    E           A
      Eles são muitos mas não podem voar

  • ESTÁ ESCRITO
    • Ednardo

      Está escrito
      No grande livro da sabedoria popular
      Que primeiro se deve viver
      Que é pra depois poetar
      Que primeiro se deve viver
      Que é pra depois poetar

      Se arme de amor e coragem
      Que a minh'arma eu nunca embainho
      Se arme de amor e coragem
      Como a rosa se arma no espinho
      Na tragédia, poesia, na prosa
      Tem picada feroz e carinho
      Se arme de amor e coragem
      Que a minh'arma eu nunca embainho
      Que a minh'arma eu nunca embainho

  • PASTORA DO TEMPO
    • Ednardo
      EDNARDO - (particip. especial vocal - Fagner)
      O cavaleiro do medo
      Usa do ouro a razão
      Pra ofuscar os meus olhos
      E confundir minha emoção
      Não sabe que a luz que me guia
      É da estrela que irradia
      A linda pastora do tempo
      Que guarda o meu povo eterno
      E livre o meu pensamento

      Quem faz a história da vida
      Com ela rompeu as entranhas do chão
      Quem quer saber do que está escondido
      Procura no fundo dos olhos do povo
      E dentro do seu coração
      Vão com o vento as palavras
      São como pombos-correio
      Mas estão sempre atrasadas
      Pois o seu vôo é lento
      E o meu pensamento é ligeiro

  • CARNEIRO
    • Ednardo / Augusto Pontes

      Amanhã se der o carneiro
      O carneiro
      Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
      Amanhã se der o carneiro
      O carneiro
      Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
      As coisas vem de lá
      Eu mesmo vou buscar
      E vou voltar em vídeo tapes
      E revistas supercoloridas
      Pra menina meio distraída
      Repetir a minha voz
      Que Deus salve todos nós
      E Deus guarde todos vós

  • ESTACA ZERO
    • Ednardo / Climério

      Cada braça de caminho
      Um soluço de saudade
      Toda vereda de roça
      Vai descambar na cidade

      E a gente fica sereno
      Desconhecendo o destino
      E com um sorriso besta
      De quem sabe onde chegar

      Em cada prédio ou palmeira
      Luz de neon ou luar
      Elevador, capoeira
      A gente vai se assustar

      Mas faz de conta que sabe
      Que tem um canto da estrada
      Chamado estaca zero
      Onde a gente pode dizer
      O rumo que quer tomar

      Cada braça de caminho
      Um soluço de saudade
      Toda vereda de roça
      Vai descambar na cidade

  • LONGARINAS
    • Ednardo

      Faz muito tempo que eu não vejo o verde
      Daquele mar quebrar
      Nas longarinas da ponte velha que ainda não caiu
      Faz muito tempo que eu não vejo o branco
      Da espuma espirrar
      Naquelas pedras com sua eterna briga com o mar

      Uma a uma as coisas vão sumindo
      Uma a uma se desmelinguindo
      Só eu e a ponte velha teimam resistindo
      A nova jangada de vela
      Pintada de verde e encarnado
      Só meu mote não muda
      A moda não muda nada

      O mar engolindo lindo
      A antiga praia de Iracema
      Os olhos grandes da menina lendo os meus
      O meu mais novo poema
      E a lua viu desconfiada
      A noiva do sol com mais um supermercado
      Era uma vez meu castelo entre mangueiras
      E jasmins florados

      E o mar engolindo lindo
      E o mal engolindo rindo
      Beira mar ê , ê Beira mar
      Ê maninha, ê maninha
      Arma aquela rede branca
      Arma aquela rede branca
      Arma aquela rede branca
      Que eu vou chegando agora

  • CHEROS E CHOROS
    • Ednardo

      Quando você pisca seus olhos
      E tenta me envolver em sua teia
      Quando você me mostra seus fatos
      E faz de minha vontade o papel
      Onde escreve seus recados

      Quando você me faz escutar
      Sua voz acima do meu próprio medo
      É que percebo como é perto
      Do ódio, o amor que lhe tenho
      Eterno drama desse segredo

      Mas meu coração não se aflinge
      Com essa louca incoerência
      Que existe dentro dele
      Pois por muito ter vivido de paixões
      Quase nada sabe delas

  • ARTIGO 26
    • Ednardo

      Intr : (G,F)
      (G,F)
      Olha o padeiro entregando o pão, de casa em casa, entregando o pão
             F
      menos naquela, aquela não
      G                      C     D G
      pois quem se arrisca a cair no alçapão
      G                       D
      Anavantú, anavantú, anarriê
              C         D           G
      nêpadêqua, nêpadêqua, padê burrê
                       G7        C
      iguali tê, fraterni tê e liber tê
              D                        G
      merci bocu, merci bocu não ha de que
      (G,F)
      Rua Formosa, moça bela a passear palmeira verde e uma lua a pratear
                F                     G
      e um olho vivo, vivo, vivo a procurar
                           C     D G
      mais uma idéia pro padeiro amassar
      (G,F)
      Você já leu o artigo 26 ou sabe a história da galinha pedrês
              F                            G
      e me traduza aquele roque para o portugûes
                         C         D G
      a ignorância é indigesta pro freguês
      (G,F)
      Você queria mesmo, ser um sanhaçú fazendo fiu e voando pelo azul
                F                              G
      mas neste jogo lhe encaixaram, e é uma loucura
                              C            D G
      lá vem o padeiro pão na boca é o que ti cura

  • BOI MANDINGUEIRO
    • Ednardo / Brandão

      Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
      Viajando de terceira
      Nos ombros do caminhão
      Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
      Viajando na canseira
      Nos braços do caminhão

      Chegando de madrugada
      Na chapada de cimento
      Procurando com os olhos
      O que não é fingimento
      Assustado de ver o medo
      No olhar do companheiro
      Procurando saber do segredo
      Desse curral grande de gado sem boiadeiro

      Dorme no chão
      O silêncio do boi mandingueiro
      Dorme no altar
      A dança desse boi mandingueiro
      Dorme na praça
      A saudade do boi mandingueiro
      Na biblioteca
      Olha o chifre do boi mandingueiro
      E na escola
      Dorme a pinta do boi mandingueiro
      E lá no alto
      Tá tudo que é do mandingueiro
      Tudo que quer ser mandingueiro
      E não vê o mandingueiro chegar
      Tudo que quer ser mandingueiro
      E não vê o mandingueiro passar
      Com seu colar de prata
      Com sua pinta preta
      Com seu requebrado
      Fazendo uma careta

  • ARMADURA
    • Ednardo

      Mistura os frutinhos da mata
      Com o canto da juriti
      E me dá um abraço acochado, morena
      Que fale o teu amor por mim

      E deixa o dia amanhecer
      E deixa a barra clarear
      Que o nosso suor com o sol do segredo
      Nos deram armadura contra o mal e o medo

      Herdamos um chão
      Mas no entanto pra o caminho ser nosso
      Temos que pisar
      E o que faz o meu passo ligeiro
      É o fruto da espera
      Que brilha em nosso olhar

  • MAIS UM FREVINHO DANADO
    • Ednardo

      No espaço curto
      Desse passo louco
      Vou sair um pouco
      Pra esquecer o triste
      Se eu te encontrar pelo meio desse povo
      Vou pensar de novo que a alegria existe
      Se eu te encontrar pelo meio desse fogo
      Vou pensar de novo que a alegria existe
      Sim eu vou sair fantasiado de alegria por aí
      Mas na quarta feira a gente vê
      Que é mentira meu sorriso sem você
      Sim eu vou sair fantasiado de alegria por aí
      Mas na quarta feira a gente vê
      Que é mentira meu sorriso sem você
  • FÊNIX
    • Ednardo

      Fluindo, o sonho, a sina e o som
      brotando da minha boca
      Esculpindo no barro moreno do corpo
      o ferro brutal da vida
      Negando o frágil sopro do corpo
      com o duro cinzel do espírito
      Inventando o necessário movimento
      movimento necessário invertendo
      pra não estar morto
      Xaxando, sambando, frevando
      ou sem saber dançar direito
      renascer das cinzas

  • AUSÊNCIA
    • Ednardo

      No meio do dia não venha tentar quebrar meu encanto
      Não venha chorar, por enquanto
      Meus olhos de olhar, de olhar querem ver o que há
      Não venha me encher de mistérios
      Não vou prometer ficar sério

      Não venha, não venha tentar quebrar meu encanto
      Não venha chorar, por enquanto
      Não venha me encher de mistérios
      Não, não vou prometer ficar sério
      Não venha estragar meu prazer
      Não, não vou prometer
      Não venha estragar
      Enquanto durar

      No meio da noite não posso deixar
      Não posso deixar de sair
      Se você quiser pode vir
      Não quero mudar minha sorte
      No meio da noite não posso deixar
      Não posso deixar de sair
      Se você quiser pode vir
      Não quero mudar minha sorte

      Se a morte, se a morte vier me encontrar
      Ela sabe que estou entre amigos
      Se a morte, se a morte vier me encontrar
      Ela sabe que estou entre amigos
      Falando da vida, falando da vida
      Falando da vida, e bebendo num bar
      Falando da vida, falando da vida
      Falando da vida, e bebendo num bar
  • A PALO SECO
    • Belchior

        E                             G#m
      Se você vier me perguntar por onde andei
      A                      B7
      No tempo em que você sonhava
      E                    G#m
      De olhos abertos lhe direi
      A                  B7
      Amigo eu me desesperava
      C#m                  F#m                 B7           E
      Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
           C#m                 F#m            B7                 E
      E eu ando um pouco descontente desesperadamente eu falo em português
       E                 G#m                A          B7
      Tenho vinte e cinco anos de sonho e de sangue e de América do Sul
               E             G#m               A
      Mas por força do meu destino um tango Argentino
                     B7
      Me pega bem melhor que um blues
      C#m                  F#m               B7              E
      Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
       C#m                     F#m             B7             E
      Eu quero é que esse canto torto feito faca, corte a carne de vocês

BRILHANTES
  • FICHA TÉCNICA
    • COMPILAÇÃO - CBS / COLUMBIA / SONY - CD - 1998 866175-2 479334
      De músicas dos discos originais
      Ednardo - 1979
      Imã - 1980
      Massafeira - 1980

      FICHA TÉCNICA DA COMPILAÇÃO
      A Série Brilhantes resgata os grandes valores da música nacional com um lançamento inicial de 44 títulos produzidos dentro do mais alto padrão de qualidade Sony Music.
      Após uma pesquisa profunda nos arquivos da CBS, os tapes originais foram localizados e submetidos ao mais rigoroso processo de restauração e masterização digital.
      A Série Brilhantes criou produtos inéditos por trazer pela 1ª vez reunidos em um só produto os grandes sucessos de nossos artistas em gravações originais

      Sony Music Marketing Especial

      Foto - Wilton Montenegro

      Para saber a Ficha Técnica Original Acesse a página de cada Disco Original

  • A MANGA ROSA
    • Ednardo

      Am
      A manga rosa, Maria Rosa Rosa Maria Joana
      Dm
      Peitos gostosos rosados, doces
                                  F
      Rosados, doces mama, mama, mamãe
                               C
      Teu sumo escorre da minha boca
                   D7
      Entreaberta a porta
      Por onde entra e por onde sai
                             G     F E
      Por onde entra e sai o mundo, mundo
      Am
      Balança a fronde farta mangueira
                                     C
      E mata a fome morto a fome ou mata, imensa mata
                                            F
      Imensa massa florados caixos de verde amarelou
              Bb                E    Am
      Maduro fruto que pro nosso gozo vem
      Am/G    F      E    Am
      Amem, amem, amem, amem
      Am/G     F      E       Am
      Mamem, mamem, mamem, mamem
      Am/G    F      E    Am
      Amém, amém, amém, amém

  • ENQUANTO ENGOMA A CALÇA
    • Ednardo / Climério

        Em         Am                                     Em
      Arrepare não, mas esquanto engoma a calça eu vou lhe contar (cantar)
            Am                         Em
      Uma estória bem curtinha fácil de cantar (contar)
             |          Dm                  Am
             | Porque cantar parece com não morrer
             |
             |                      B7
      REFRÃO | É igual a não se esquecer
             |
             |            E7       A7
             | Que a vida é que tem razão
                  G
      Esse voar maneiro foi ninguém que me ensinou
                  C
      Não foi passarinho
                                           B7
      Foi o olhar do meu amor me arrepiou todinho
                                             E7
      Me eletrizou assim quando olhou meu coração

      REFRÃO

      Dm            Am    B7        E7         A7
      Ai, mas como é triste essa nossa vida de artista
         Dm                        Am
      Depois de perder Vilma pra São Paulo
      B7      E7               A7
      Perder Maria Helena pro dentista

      (Cifrada por Kaica, músico paraense)

  • FLORA
    • Ednardo

      Se eu pudesse pensar em ti
      Sem vontade de querer chorar
      Sem pensar em querer morrer
      Nem pensar em querer voltar
      Essa dor que eu sinto agora
      É uma dor que não tem nome
      Que o meu peito devora e come
      E fere e maltrata, sem matar
      No roçado do meu coração
      Há um tempo de plantar saudade
      Há um tempo de colher lembrança
      Pra depois com o tempo chorar
      Ô Flora, meu sertão florindo
      Aflora o meu peito só
      Teu amor é um fogo, é um fogo
      É um fogo, é um fogo
      Dos teus olhos tição

  • LAGOA DE ALUÁ
    • Vicente / Ednardo / Climério

      (C C7 F G C)

      C    F     G7                  C
      Uma lagoa nasceu dentro do meu peito
               G7               C
      Pra de noitinha vir a lua espiar
               Bb                     F
      E o meu amor mergulhando dentro dela
              G7                   C
      Nadando nela seus cabelos se molhar
      E7       Am        Bb        F
      Como é bonito ver o meu amor nadar
             G        F G7           C
      Nessa lagoa que nasceu dento de mim
               G7                   C
      Depois notar que de tanto se banhar
                       G7                   C
      Meu amor virou saudade e saiu no meu chorar
                G7                   C
      Se essa lagoa fosse um copo de aluá
           C7         F   G7          C
      Eu vivia dentro dela até me maravilhar
                Am          Bb         F
      E hoje em dia se me "alembro" da lagoa
                  G7                   C
      Sinto que a lua tá morando no meu peito
                 G7                 C
      E o seu clarão é a luz do seu amor
                          G7                      C
      E depois que me encandeia faz a luz do meu olhar
              G7                      C  C7
      E vejo claro que a lagoa que não vejo
                      F            G7           C
      É o gosto desse beijo que não posso mais beijar

      (Cifrada por Kaica, músico paraense)

  • REISADO
    • (Graco / Stelio Valle / Augusto Pontes)
      EDNARDO
  • IMÃ
    • Ednardo

         A                  A/E
      Rasgando um buraco no azul

          B/A
      Tu afloras feito o arco-íris

              D                                A
      Com um pé pisando no tempo e o outro no espaço

                                A/G
      E molha a sequidão do meu rosto de pedra

        B/A
      Na água cristalina

          D
      Em nosso rastro ferido arde

                         A
      O Brasil e a nossa sina

                        A/G
      Nada te dou como herança
          B/A
      Nada quero
         D                             A
      A vida é uma pessoa sem medo no caminho

      (E E7)
      (Ah, ah, ah ...)

        E                          E7
      Estrela de cinco pontas - Luminando noites

           E                                   E7
      Do universo do chão ardendo - Luminando noites

         E                                A       D
      Habitamos o verbo chamado homem - Luminando noites

      Cumprindo o destino do ser

         A
      A raiz afunda na terra

      E bebe os segredos da areia

          A
      Espalhando em cada folha

             E        D   A
      Uma canção ao vento leve

              E       D   A
      (Uma canção ao vento leve)

      A               A/G
      Leve é aquilo que brota
                   B/A
      Muito além do medo

          D                               A
      Serena é a coragem de tudo aquilo que é

                         A/G
      Que é quem sempre caminha

                       B/A
      E nunca pensa que tarda

         E
      Sua flexa certeira

              D
      Sempre crava na luz

                   A
      E sempre amanhece

      (Cifrada por Kaica, músico paraense)

  • PONTA DE ESPINHO
    • Ednardo

      Ponta de espinho

      Aquela roseira quebrada
      Pra não crescer seu caminho
      Ó meu amor que espante
      Lá vem verde se abrindo

      Com muito mais rosas nos galhos
      E muito mais ponta de espinho
      Com muito mais rosa nos galhos
      Muito mais ponta de espinho

      Por ser irmã do meu canto
      Por não saber ser cativa
      Quebrou a barragem que a força impôs
      Pra se derramar mais bonita

  • ARAGUAIA e CARIRÍ (medley)
    • Ednardo
      INSTRUMENTAL
      Quando eu me banho no meu Araguaia
      E bebo da sua água sangre fria
      Bichos caçados na noite e no dia
      Bebem e se banham eles são comigo

      Triste guerrilha companheiro morto
      Suor e sangue, brilho do corpo
      Medo só
      Mas se o corpo desse pó é pó
      Um círio da luz dessa dor
      Violento amor há de voar

  • NA ASA DO VENTO
    • Luiz Vieira / João do Vale

      A7 E7 (A7 B7 C#m A7 B7 E7)

                E     A            G#m
      Deu meia noite a lua abre um claro
          A         G#m
      Eu "assubo" nos aro
              B7            E
      Vou brincar no vento leste
               A7     D            A7
      A aranha tece puxando o fio da teia
         E7                             A
      A ciência da "abeia", da aranha e a minha
        B7        C#m
      Muita gente desconhece
             A       B7         E
      Ô lá lá ô, muita gente desconhece
             D          A7              E7
      A lua é branca e o sol tem rastro vermelho
                    B7
      E o lago é um grande espelho
                           E7
      Onde os dois vão se mirar
             A7           B7            C#m
      Rosa amarela quando murcha perde o "chero"
                       B7
      E o amor é bandoleiro
                        C#m
      Pode até custar dinheiro
             E7               A7
      Pois é flor que não tem "chero"
             B7            E7
      E todo mundo quer "cherar"

  • BRINCANDO É QUE SE APRENDE
    • Ednardo / Dominguinhos

      Elvira do Ipiranga ou do Braz
      Ou da Aldeota, ou de Ipanema
      Ouvir é bom, duvida Elvira
      Duvida Elvira, ouvir é bom

      Elvira do Ipiranga ou do Braz
      Ou da Aldeota, ou de Ipanema
      Falar é bom, duvida Elvira
      Duvida Elvira, falar é bom

      Elvira do Ipiranga ou do Braz
      Ou da Aldeota, ou de Ipanema
      Olhar é bom, duvida Elvira
      Duvida Elvira, olhar é bom

      Elvira do Ipiranga ou do Braz
      Ou da Aldeota, ou de Ipanema
      Saber é bom, duvida Elvira
      Duvida Elvira, saber é bom

  • DE REPENTE
    • Ednardo

      Não é brinquedo meu amor
      Guerrear na solidão
      Cantar dos anjos a poesia
      Conhecer tua magia
      E morar na amplidão

      Azul muito azul da terra
      E é bem por traz daquela serra
      Ai que estrada mais comprida

      Cada vez que eu te beijo
      Ou te vadeia a minha mão
      Me sinto como um menino
      Que descobre num repente
      O mistério do universo
      Engatinhando pelo chão

  • PELO CORAÇÃO DO BRASIL
    • Ednardo

      (C G/D Am)G

      G         G                                   D
      A gente é mais forte na paz dos teus braços, donzela
                 C      G/D Am     G
      Mas se é preciso - "Se és en la guerra"
         D     C     B
      Eu vi, eu vi, eu vi
      D             C            G
      Quando eu vim viajando pelo o coração do Brasil
         C       G/D Am  G
      Eu vi, que ia ser assim
         D              C        G
      Na lama na luz do momento eu vi
      D     C     G
      Eu vi, eu vi, eu vi
       D              C            G
      Quando eu vim viajando pelo coração do Brasil
         D      C  G/D Am G
      Eu vi, que ia ser assim
           D                   C    G
      Tudo junto de novo, um trabalho novo
          D            C        G
      De verbo, de veracidade do povo
            D        C           G
      Intrigante e inteiro como um ovo
          D     C     G
      Eu vi, eu vi, eu vi
         D           C           G
      Quando eu vim viajando pelo coração do Brasil
          D     C G/D Am G
      Eu vi que ia ser assim
      D                    C
      Cada qual no seu caminho
                     G
      No seu eu cada qual
           D               C
      Cruzando altiplanos centrais
                 G
      Em veloz montaria
             D          C                G
      Ficou claro que clareou o terreiro do dia
         D             C        C    G/D Am G (C G/D Am) G
      E como cheguei primeiro, canteia a cantoria, ah, ah, ah
      G                            D
      Na procissão desses homens nessa guerra
       C   G/D Am G
      Santa Maria Mãe Terra  | BIS
      C    G/D  Am  C    G/D  Am  C    G/D  Am
      Chora de horror, chora de horror, chora de horror
                       D
      E nessa hora Senhora, Nossa Senhora
           C             G/D Am     G
      "Sucite" meus cavaleiros cantantes  | BIS
        C  G/D Am   C  G/D Am
      Quais quixotes, quais chicotes
          C   G/D Am     G
      A estalar em nossos momentos
      C  G/D Am   C G/D Am   C G/D Am   C G/D Am  G
      Ah, ah, ah   ah, ah, ah   ah, ah, ah   ah, ah, ah, ah
      (Cifrada por Kaica, músico paraense)


O MELHOR DE EDNARDO
  • FICHA TÉCNICA
    • Compilação - RCA / BMG - CD - 1998 74321-60496-2

      De músicas dos discos originais
      O Romance do Pavão Mysteriozo - 1974
      Berro - 1976
      O Azul e o Encarnado - 1977

      FICHA TÉCNICA DA COMPILAÇÃO
      Projeto - Marcelo Falcão
      (Marketing Estratégico)
      Seleção de Repertório - José Milton
      Coordenação de Produção - Adriana Ramos
      Coordenação de Repertório - Washington Costa
      Coordenação Gráfica - Emil Ferreira
      Supervisão Técnica - J. R. Cruz
      Remasterização - Cia. do Áudio - SP
      Foto - Wilton Montenegro
      Capa - Pós Imagem Design
      Direção de Arte - Ricardo Leite / Rafael Ayres
      Projeto Gráfico - Fabiana Prado

      Obs - A música "O Bom filho a casa torna" é de um
      outro projeto realizado somente com a obra
      de João do Vale com a Direção de Chico Buarque,
      Produção de José Milton, Arranjo de José Américo
      Para saber a Ficha Técnica Original
      Acesse a página de cada Disco Original

  • CARNEIRO
    • Ednardo / Augusto Pontes

      Amanhã se der o carneiro
      O carneiro
      Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
      Amanhã se der o carneiro
      O carneiro
      Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
      As coisas vem de lá
      Eu mesmo vou buscar
      E vou voltar em vídeo tapes
      E revistas supercoloridas
      Pra menina meio distraída
      Repetir a minha voz
      Que Deus salve todos nós
      E Deus guarde todos vós
  • ARTIGO 26
    • Ednardo

      Intr : (G,F)
      (G,F)
      Olha o padeiro entregando o pão, de casa em casa, entregando o pão
             F
      menos naquela, aquela não
      G                      C     D G
      pois quem se arrisca a cair no alçapão
      G                       D
      Anavantú, anavantú, anarriê
              C         D           G
      nêpadêqua, nêpadêqua, padê burrê
                       G7        C
      iguali tê, fraterni tê e liber tê
              D                        G
      merci bocu, merci bocu não ha de que
      (G,F)
      Rua Formosa, moça bela a passear palmeira verde e uma lua a pratear
                F                     G
      e um olho vivo, vivo, vivo a procurar
                           C     D G
      mais uma idéia pro padeiro amassar
      (G,F)
      Você já leu o artigo 26 ou sabe a história da galinha pedrês
              F                            G
      e me traduza aquele roque para o portugûes
                         C         D G
      a ignorância é indigesta pro freguês
      (G,F)
      Você queria mesmo, ser um sanhaçú fazendo fiu e voando pelo azul
                F                              G
      mas neste jogo lhe encaixaram, e é uma loucura
                              C            D G
      lá vem o padeiro pão na boca é o que ti cura

  • CHEROS E CHOROS
    • Ednardo

      Quando você pisca seus olhos
      E tenta me envolver em sua teia
      Quando você me mostra seus fatos
      E faz de minha vontade o papel
      Onde escreve seus recados

      Quando você me faz escutar
      Sua voz acima do meu próprio medo
      É que percebo como é perto
      Do ódio, o amor que lhe tenho
      Eterno drama desse segredo

      Mas meu coração não se aflinge
      Com essa louca incoerência
      Que existe dentro dele
      Pois por muito ter vivido de paixões
      Quase nada sabe delas

  • ABERTURA
    • Ednardo

      Alguém colocou um novo ingrediente na ração
      E no pacato terreiro formou-se enorme confusão
      Eu já desconfio que essa algazarra em alguma vai dar
      Pois a bicharada toda do terreiro
      Já tem outra maneira de cantar

      Quém, quém, quém, pó dó pó
      Corocó-có có có có
      Pó pó pó pó pó o Pato

      Porque todo o pato
      Tem que cantar alegremente
      Alegremente cantar o pato e toda a gente
      Alegremente o pato é
      Alegremente o pato está no tucupí no tacacá
      Comeram o pato

  • A PALO SECO
    • Belchior

        E                             G#m
      Se você vier me perguntar por onde andei
      A                      B7
      No tempo em que você sonhava
      E                    G#m
      De olhos abertos lhe direi
      A                  B7
      Amigo eu me desesperava
      C#m                  F#m                 B7           E
      Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
           C#m                 F#m            B7                 E
      E eu ando um pouco descontente desesperadamente eu falo em português
       E                 G#m                A          B7
      Tenho vinte e cinco anos de sonho e de sangue e de América do Sul
               E             G#m               A
      Mas por força do meu destino um tango Argentino
                     B7
      Me pega bem melhor que um blues
      C#m                  F#m               B7              E
      Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
       C#m                     F#m             B7             E
      Eu quero é que esse canto torto feito faca, corte a carne de vocês
  • MARESIA
    • Ednardo

      A calmaria da cidade é geral
      É geral, é geral
      E a maresia que molhou a minha pele
      Rimou com a canção pra este carnaval
      Nada me resta a não ser tua beleza
      E a incerteza do que vai ser de mim
      Por isso basta dessas coisas sérias
      Fica combinado se cantar assim

      Ó meu amor que fazes aí parada
      Se tu tens toda a calçada
      E o mundo pra correr, pra correr
      Cuidado que a morte abriu a janela
      Hoje mesmo eu passei por ela
      E vim depressa te dizer
      E vim depressa te dizer

  • BOI MANDINGUEIRO
    • Ednardo / Brandão

      Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
      Viajando de terceira
      Nos ombros do caminhão
      Boi mandingueiro que vem lá do Maranhão
      Viajando na canseira
      Nos braços do caminhão

      Chegando de madrugada
      Na chapada de cimento
      Procurando com os olhos
      O que não é fingimento
      Assustado de ver o medo
      No olhar do companheiro
      Procurando saber do segredo
      Desse curral grande de gado sem boiadeiro

      Dorme no chão
      O silêncio do boi mandingueiro
      Dorme no altar
      A dança desse boi mandingueiro
      Dorme na praça
      A saudade do boi mandingueiro
      Na biblioteca
      Olha o chifre do boi mandingueiro
      E na escola
      Dorme a pinta do boi mandingueiro
      E lá no alto
      Tá tudo que é do mandingueiro
      Tudo que quer ser mandingueiro
      E não vê o mandingueiro chegar
      Tudo que quer ser mandingueiro
      E não vê o mandingueiro passar
      Com seu colar de prata
      Com sua pinta preta
      Com seu requebrado
      Fazendo uma careta

  • ESTÁ ESCRITO
    • Ednardo

      Está escrito
      No grande livro da sabedoria popular
      Que primeiro se deve viver
      Que é pra depois poetar
      Que primeiro se deve viver
      Que é pra depois poetar

      Se arme de amor e coragem
      Que a minh'arma eu nunca embainho
      Se arme de amor e coragem
      Como a rosa se arma no espinho
      Na tragédia, poesia, na prosa
      Tem picada feroz e carinho
      Se arme de amor e coragem
      Que a minh'arma eu nunca embainho
      Que a minh'arma eu nunca embainho

  • AVIÃO DE PAPEL
    • Ednardo

      Vai meu filho vai
      Que Deus lhe dê
      Boa sorte, fortuna e felicidade
      Não tem segredos
      Vai que esta província muito tem a ver
      Com a cidade
      Um pouco mais alargada talvez
      Mas não tenha medo não

      Só não esqueça que esse céu de anil
      É muito grande pra voar
      E mesmo assim avião de papel
      Não é fácil de se pilotar

      Só não esqueça de voltar pra ver
      O que restou desse lugar
      Que o sol e a chuva
      E os homens práticos
      Vão modificar

      Vai meu filho vai
      Que eu lhe dou essa medalha assim
      Como seu avô me deu
      Mas a força maior, você sabe
      Está em você que nasceu

      Só não se esqueça de vir para abraçar o mar
      E nós que vamos vivendo
      Descendentes diretos do galã lusitano - o Moreno
      A gente sente saudades
      É labareda, brasa e cinza

  • ARMADURA
    • Ednardo

      Mistura os frutinhos da mata
      Com o canto da juriti
      E me dá um abraço acochado, morena
      Que fale o teu amor por mim

      E deixa o dia amanhecer
      E deixa a barra clarear
      Que o nosso suor com o sol do segredo
      Nos deram armadura contra o mal e o medo

      Herdamos um chão
      Mas no entanto pra o caminho ser nosso
      Temos que pisar
      E o que faz o meu passo ligeiro
      É o fruto da espera
      Que brilha em nosso olhar

  • RECEITA DA FELICIDADE
    • Ednardo

      Ultimamente ando as vezes preocupado
      Vendo as caras tão risonhas das crianças
      Nas fotos dos anúncios
      Nos cartazes da parede
      Dando idéias que algo vai acontecer
      É receita certa pra sensibilizar
      Pra esconder, pra mentir ou pra vender
      Veja as caras tão risonhas
      Tão lindinhas, tão risonhas
      Nos jornais, nas paredes, nas tv's

      Eu não gosto desses dedos que me apontam
      Eu não gosto dessas frases que me dizem
      -"O futuro deles está em suas mãos..."
      Pois é seu Zé, sei não

      Não esqueço que algum dia fui risonho
      Com u'a carinha bonitinha pra valer
      Quem guardou o meu futuro
      Quem guardou o meu futuro
      Quem guardou o meu futuro - me dê

  • DOROTHY LAMOUR
    • Petrúcio Maia e Fausto Nilo

      Dorothy Lamour, com amor te matei
      Sereia, na areia do cinema
      Dorothy Lamour, com ardor te adorei
      No drama da primeira fila
      Adorei, no drama, o teu sabor azul
      Estranho como a primeira
      A primeira coca-cola

      Era miragem, fantasia de um mundo blue
      E eu fui chorar na areia Dorothy Lamour
      Por que sangrar meu nativo coração do sul
      Ai eu fui naufragar em teus olhos de mar azul

      A tua cor, o teu nome, mentira azul
      Tudo passou, teu veneno teu sorriso blue
      Ai, hoje eu sou, água viva dos mares do sul
      Não quero mais chorar, te rever Dorothy Lamour

  • PAVÃO MYSTERIOZO
    • Ednardo

      A

         A              G          D    A              E
      Pavão mysteriozo, pássaro formoso, tudo é mistério nesse teu voar
           A                  G              D
      Ah, se eu corresse assim, tantos céus assim
       A              E            A
      Muita história eu tinha prá contar
        F#m                   B              F#m
      Pavão mysteriozo nessa cauda aberta em leque
      Dm                Am            E7
      Me guarda moleque de eterno brincar
         Am              Dm
      Me poupa do vexame de morrer tão moço
      Am          E             A  A4  A5-  A4
      Muita coisa ainda quero olhar
      REFRÃO

       F#m                  Am        Am/G
      Pavão mysteriozo, meu pássaro formoso
           G                  C
      No escuro desta noite me ajuda a cantar
      Am                     Dm
      Derrama essas faíscas, despeja esse trovão
      Am                        E           A  A4  A5-  A4
      Desmancha isso tudo que não é certo não
         A              G          D
      Pavão mysteriozo, pássaro formoso
      A                 E
      Um conde raivoso não tarda a chegar
          A               A7          D          Dm
      Não temas minha donzela, nossa sorte nessa guerra
      A                    E           A
      Eles são muitos mas não podem voar

Trilhas de cinema
Coletâneas
Esta página recebeu
visitas desde Fevereiro/1999. Atualizada em 16/04/2013 Produzida por Marcos Lira.